Adesão ao tratamento, acompanhamento e educação em saúde são fundamentais para garantir uma vida saudável
O Dia Mundial do Diabetes é celebrado nesta quinta-feira, 14. Para aproveitar a data, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta sobre a doença crônica não transmissível de origem metabólica, que continua a ser um desafio de saúde pública. Frequentemente assintomática, a doença é frequentemente diagnosticada tardiamente em crianças e idosos. Gestantes também podem ser acometidas, mas se recebem acompanhamento adequado durante o pré-natal têm mais chances de detectar a doença precocemente.
A adesão ao tratamento, o acompanhamento profissional e a educação em saúde são fundamentais para garantir uma vida saudável para os pacientes diabéticos. Os fatores de riscos modificáveis desempenham um papel significativo no desenvolvimento e agravamento do diabetes, sendo essencial atuar sobre eles para prevenir a doença. É o que explica a consultora técnica em Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) da SES, Aislayne Rodrigues Valentim.
“A primeira recomendação é realizar acompanhamento de rotina na unidade básica de saúde mais próxima. Além disso, é importante reduzir o consumo de carboidratos, que podem aumentar substancialmente o índice glicêmico. O controle do peso, a inclusão de atividades físicas na rotina, o aumento da ingestão de água e a substituição de biscoitos, pães, embutidos, enlatados e refrigerantes por frutas e verduras são medidas essenciais. A sugestão é ‘descascar mais e abrir menos’”, orienta Aislayne.
A consultora técnica da DCNT ainda alerta que embora as frutas sejam saudáveis, deve-se controlar a quantidade consumida, evitando exageros. Reduzir o consumo de álcool e, preferencialmente, cessar o tabagismo também são fatores protetivos que contribuem para a redução dos danos associados à diabetes.
Fatores de risco e importância da prevenção
Os riscos associados ao diabetes variam conforme a faixa etária. “Em crianças, o não controle da glicemia pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares e hipoglicemia. O tratamento nessa fase é desafiador, pois a adesão pode ser dificultada pela falta de compreensão. Já nos idosos, está ligada a um aumento nas complicações cardiovasculares e problemas de cicatrização, que podem resultar em amputações. O controle rigoroso da glicemia se torna vital para evitar sérios problemas”, destaca Aislayne.
Para gestantes, o diabetes pode acarretar riscos tanto para a mãe quanto para o feto, incluindo malformações congênitas e pré-eclâmpsia. A condição pode ser complicada por alterações hormonais, tornando o controle glicêmico um desafio durante a gravidez.
Com essa preocupação, a gestante Luana Oliveira, do município de Pedrinhas, realizou o pré-natal e foi diagnosticada precocemente com diabetes gestacional, o que a levou a iniciar um acompanhamento.
“Fiz todas as consultas de pré-natal direitinho, pois já sou hipertensa e não queria que nada acontecesse com minha bebê. Vim para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes porque minha pressão teve uma alteração. Minha bebê nasceu pesando 3 quilos e 420 gramas, e graças a Deus tudo está bem. A diabetes está controlada e não tive mais problemas. Não estou tomando medicação, apenas monitorando os níveis, que permanecem normais, e minha pressão também já se normalizou”, comemorou Luana.
Fotos: Ascom SES
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