A secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, assinou na manhã desta segunda-feira, 23, termo de compromisso com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Estadual (MPE) para a destinação de recursos reservados à implantação do Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil em Sergipe (CRAI). A unidade, que será focada na assistência especializada e qualificada de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, está sendo construída em anexo à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.
Os recursos estão destinados à aquisição de equipamentos e montagem do centro de referência, segundo informou a promotora de Justiça, Maria Lilian Carvalho, salientando que o sonho ganhou força com a adesão do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho, que conseguiram os recursos para a construção do CRAI, bem como para equipamentos e mobiliários.
A Secretária Mércia Feitosa falou sobre a importância de a Saúde estar neste projeto. “A implantação do CRAI se configura como um avanço no cuidado com a criança e adolescente vítima de violência sexual, uma vez que irá abrigar todos os serviços pertinentes à matéria em um mesmo local, evitando que ela reviva o trauma várias vezes, em diferentes locais de atendimento”, disse Mércia Feitosa.
O procurador do Trabalho na área da saúde, Emerson Albuquerque Resende, acredita que a implantação do CRAI representa um momento impar na proteção à infância e à adolescência. “Acredito que a luta contra a violência sexual contra a criança e o adolescente ganhará uma nova dimensão com o envolvimento da sociedade. Este é uma chaga social que precisa ser enfrentada com vigor”, considerou.
Segundo informações da promotora Maria Lilian Carvalho, a violência sexual cresce a cada dia. “Por isso precisamos estar preparados para enfrentá-la e o centro será nossa referência nessa questão. A proposta é oferecer o atendimento integral, desde o registro da ocorrência policial, à preparação para a perícia médica, notificação ao conselho tutelar e avaliação clínica até o encaminhamento para tratamento terapêutico na rede de saúde do município de origem da vitima”, informou ela.
Foto: Flávia Pacheco
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