A confirmação do câncer de mama impacta a vida de muitas mulheres todos os anos. O que muda na vida das mulheres após esse diagnóstico que, geralmente, chega de maneira inesperada? Será que as descobertas foram iguais para todas as que tiveram ou estão enfrentando esse tipo de câncer? E sobre o autoexame, afinal, ele deve ser o primeiro e único procedimento para identificar a presença de uma possível malignidade na mama?
São muitas as perguntas que surgem em relação à prevenção e combate ao câncer de mama, por isso, em 19 de novembro de 2018, Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, passou a vigorar a lei que institui o Outubro Rosa como mês voltado para práticas de conscientização sobre essa doença. Em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde, anualmente, se preocupa em desenvolver uma educação permanente para colaboradores e sociedade em geral.
Neste Outubro Rosa, achamos importante apresentar a experiência atual de duas mulheres que estão enfrentando esse segundo tipo de neoplasia mais frequente no mundo, ambas estão sendo assistidas pelo Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho, Huse. A primeira delas é Josimeire de Andrade Ferreira, 53 anos, moradora de Itabaiana, região agreste do estado, que tinha o hábito de analisar a mama frequentemente em casa, contudo, não percebeu anormalidades da mama. “Eu fazia o autoexame tomando banho e nunca percebi nada, só descobri com a mamografia, fiz a ultrassom e o resultado foi câncer de mama. No dia 02 de outubro eu fiz a cirurgia para retirada das mamas”, compartilha emocionada, ainda tentando se adaptar à nova realidade.
A história de Luciene Aragão Santana, 48 anos, moradora da cidade de Nossa Senhora da Glória, localizada no noroeste sergipano, no toque mamário durante o banho apareceram as primeiras percepções de que algo poderia estar acontecendo naquela região do seu corpo. “A minha descoberta se deu quando eu fui tomar banho e fiz o toque nas mamas, senti um caroço menor que um grão de arroz, esperei um tempo e quando percebi que estava crescendo procurei ajuda médica. Faz dois anos que descobri e estou em tratamento há seis meses”, relata com otimismo.
Para as duas houve a surpresa do diagnóstico e uma série de impactos de ordem física e emocional, sobretudo, devido à retirada das mamas e a queda do cabelo devido ao tratamento. Neste momento ambas seguem firmes, seguindo uma rotina de tratamentos para superar a doença. A partir de sua experiência, Josimeire tem impulsionado em suas redes sociais conteúdos que reforçam a importância da prevenção. “Façam os exames a cada seis meses ou anualmente. Quando a gente somente se auto examina pode não sentir nada. Eu tenho fé sempre, primeiramente, fé em Deus e depois na medicina de que vencerei o câncer, não é fácil receber o diagnóstico, mas uma palavra me move agora, cura, a confiança nela”, desabafa com esperança.
Luciene mantém uma positividade que inspira e contagia outras mulheres. “O que eu tô vivendo hoje quero passar para outras mulheres, o câncer de mama tem cura e não é um bicho de sete cabeças, é um susto grande mas tem cura. É muito importante conhecer o próprio corpo. A palavra do meu momento é força, se a gente não tem força a gente não supera. Quando vem a perda do cabelo é muito difícil, entristece, a luta é grande mas a gente vence”, afirma sem duvidar que é mais forte que as adversidades.
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