Secretaria de Estado da Saúde realiza oficina para profissionais da Atenção Primária à Saúde sobre processo de territorialização

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS) e em parceria com a Funesa, qualifica cerca de cem profissionais da saúde com a Oficina ProAPS. Os Coordenadores da APS e profissionais da Estratégia de Saúde da Família estão sendo capacitados sobre o processo de territorialização. 

O cronograma de oficinas que está sendo executado no auditório da didática VI da Universidade Federal de Sergipe, começou no último dia 10 de maio e termina nesta quinta-feira, 12.  Foram contemplados algumas regiões de saúde: Estância, Propriá, Aracaju, Lagarto, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro. 

O diretor da DAPS, João Paulo Brito, explica que o Programa de Fortalecimento das Práticas de Atenção Primária à Saúde de Sergipe (ProAPS), é um programa criado e desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, através da diretoria de Atenção Primária à Saúde que foi instituído em setembro de 2021. Desde lá a SES, Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e Universidades discutem estratégias para trabalhar junto aos municípios. “A nossa intenção é levar as informações de maneira mais assertiva, oferecendo algumas ferramentas que auxilie os profissionais, algumas já foram lançadas ao longo do caminho como, por exemplo, o monitora APS, a plataforma e algumas notas técnicas. Queremos impulsionar a devida articulação e diálogo para potencializar ainda mais o crescimento da Atenção Primária no estado”, enfatiza. 

De acordo com o diretor é fundamental que os profissionais compreendam o processo de territorialização do estado, pois, essa é base para os municípios estruturarem os seus cuidados. “Queremos promover ações de forma territorializada, compreendendo melhor a população de cada município. Todos os municípios foram convidados, a gente apresentou a proposta e construímos pactos com eles, tanto do processo de gestão do projeto, quanto no em relação às questões pedagógicas, essas extremamente necessárias, pois,  estaremos trabalhando com os três eixos do ProAPS: ASP digital, Forma APS e Cuida APS”, complementa João Paulo. 

Rita Bitencourt, apoiadora institucional da APS para Regiões de Saúde, esteve presente nos três dias de oficinas e  explicou os eixos do ProAPS. “Explicar o que é o ProAPS e os seus eixos foi a primeira coisa que fizemos na oficina. O eixo APS DIGITAL é onde estão inseridos os dados, monitoramento de indicadores, materiais científicos, protocolos, etc. O eixo Forma APS vem na perspectiva de contribuir para a formação, instrumentalizar os profissionais da Atenção Primária à Saúde através de cursos, capacitações, residências  em saúde em parceria com universidades. E o eixo Cuida APS, o próprio nome já sugere, oferta aos trabalhadores da APS recursos para qualificar o cuidado, o serviço que é executado”, detalha. 

A apoiadora afirmou que além da territorialização, foi discutido com os presentes, os contextos que envolvem a necessidade de remapeamento. “Falar de territorialização é adentrar no cotidiano dos trabalhadores e conhecer as peculiaridades do território, os pontos fracos e fortes, potencialidades, grupos de risco. Todos esses aspectos  vão ajudar o município a remapear, isso deve ser feito quando a população cresce ou há um aumento no número de equipes da família. É preciso que um território ou microárea se enquadre no que preconiza a política nacional, ou seja, um agente comunitário de saúde não pode ultrapassar a assistência de, no máximo,  750 pessoas. Por isso, conhecer o território é tão importante, pois, podemos realizar o reajuste que acompanhe o desenvolvimento de cada município”, ressalta Rita Bitencourt.

Essas percepções foram confirmadas por Tamires Carvalho, enfermeira do município de Pedra Mole. Para a participante da oficina, a compreensão ampliada do território no qual ela desenvolve suas atividades, possibilita o desenvolvimento de planos e ações mais efetivas. “Este evento está nos enriquecendo com muitas informações relevantes para a nossa prática profissional, conhecer os meios para explorar o território é muito importante, isso vai nos ajudar a pensar na elaboração de prognósticos que beneficiam a população que depende dos nossos serviços”, expressa a jovem. 

O diretor da APS, João Paulo Brito, finaliza assegurando que essas oficinas são apenas o início de um processo de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde através do ProAPS, garantindo que outras ações já estão sendo pensadas. “Em breve vamos discutir a estratificação de risco de gestantes, de pacientes crônicos e, assim, fazer a discussão de duas linhas de cuidado: continuado e programático. A gente também está em parceria com a UFS para conseguir ainda mais soluções digitais que nos ajudem nas discussões sobre  território”, conclui.

Foto: Valter Sobrinho

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