Saúde promove oficina para profissionais da rede sobre a redução e controle da transmissão vertical das infecções

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu em uma oficina realizada na manhã desta terça-feira, 18, profissionais de saúde, principalmente das maternidades da rede, para dialogar sobre a prevenção e controle da transmissão vertical (da mãe para o recém-nascido) do HIV, Sífilis, Hepatites Virais e Toxoplasmose. O intuito da ação é orientar, objetivando reduzir a transmissão das infecções.

“Trabalhamos com algumas doenças que podem ser transmitidas de forma vertical, ou seja, durante  a gestação ou no periparto, através da amamentação. Então o foco é trabalhar com os profissionais que atendem nas maternidades para diminuir  o risco da transmissão dessas doenças. Boa parte desses vírus e bactérias devem ser triados através de um pré-natal bem feito. Todas as medidas de prevenção começam no pré-natal, entretanto  não encerram no pré-natal. Em alguns casos, é necessário que no porta e pós-parto sejam tomadas algumas medidas, para  diminuir o risco dos recém-nascidos serem infectados”, enfatizou o médico infectologista e diretor de Vigilância em Saúde, Marco Aurélio.

Durante a oficina, a médica pediatra e responsável técnica do Controle de Infecção Hospitalar da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Magali Soares, discutiu com os profissionais sobre os cuidados  para evitar a transmissão vertical do HIV para o recém-nascido exposto. A fala da médica sintetizou alguns pontos fundamentais.

“Desde o diagnóstico do HIV no pré-natal, a paciente deve se dirigir  ao Serviço de Atendimento Especializado, no Cemar, serviço este que atende todos os pacientes com HIV. A gestante vai ser acompanhada e orientada  no serviço. Todo esse seguimento  é importante na gestação. Quando a gestante vai ter o beber na maternidade, ela já vem com a cartinha do infectologista, para definir qual o tipo de parto, e qual situação iremos usar o coquetel. Com essas informações, redobramos alguns cuidados na hora do porto, de higienização da criança, para não ter o contato do sangue materno  com a criança, usar os anti-retrovirais no recém-nascido, garantir que a mãe não amamente, que é um cuidado básico que devemos frisar.  Depois  que o bebê sai da maternidade, é necessário orientar todos os cuidados para dar seguimento”, explicou a médica

Os assuntos discutidos nesta manhã, são trabalhados de forma horizontal o ano todo pela Secretaria de Estado da Saúde. Mas durante esse mês, em razão do foco no combate à Sífilis e Sífilis Congênita, a SES vem reforçando os temas com os profissionais e realizando ações voltadas à população.

Fotos: Flávia Pacheco

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