Secretaria de Estado da Saúde começa a imunizar crianças contra o vírus sincicial respiratório

Imunizante é o Palivizumabe, um anticorpo pronto, de alto custo e que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

As crianças assistidas pelo Ambulatório de Acompanhamento Maria Creuza Brito Figueiredo começaram a ser imunizadas, nesta segunda-feira, 27, contra o vírus sincicial respiratório. O agente é responsável por pneumonias e infecções respiratórias graves em crianças que têm algum tipo de vulnerabilidade, como os bebês que nasceram prematuramente, que são cardiopatas ou pneumopatas. O imunizante Palivizumabe é um anticorpo pronto, de alto custo, disponibilizado pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Aproximadamente 45 crianças devem se imunizadas, segundo estima a gerente da unidade, Maria da Glória Barros Oliveira Souza. O espaço também é utilizado para a imunização de crianças externas, egressas da Maternidade Santa Izabel, do Hospital Universitário e da rede privada de saúde.

A aplicação do medicamento é anual e feita em cinco doses, de forma que o processo de imunização se estenderá até o mês de junho. A cada aplicação, as crianças já saem agendadas para a dose seguinte. Antes de receberem o anticorpo, cada uma das crianças é avaliada e pesada, já que a dose é preparada de acordo com o peso do paciente.

Tomar o Palivizumabe é prevenir doenças respiratórias graves que pode levar a internação e até óbito. As mamães devem se conscientizar da responsabilidade de completar o esquema de imunização das crianças.

De acordo com a médica do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais do Estado de Sergipe (CRIE), Márcia Estela Lopes da Silva, por ser um medicamento do SUS, o acesso é universal. “Não negamos o anticorpo para nenhuma criança. O mais importante para nós é a prevenção, é fazer com que todas as crianças do Estado de Sergipe sejam imunizadas contra esse vírus”, disse.

Fernanda Eloá Almeida dos Santos, de dois meses de idade, tem Síndrome de Down e nasceu na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Ela tomou nesta segunda-feira a primeira dose do medicamento. Para a sua mãe, Alexsandra Almeida, ter acesso ao Palivizumabe é muito importante. “Sei que é um medicamento muito caro e me sinto grata por minha filha poder tomá-lo e ficar livre de doenças tão graves”, disse.

Maria Fernanda Oliveira Santos é mãe de Kathelly Oliveira da Silva de um ano e oito meses de vida, que, desde que nasceu, é assistida pelo Ambulatório de Acompanhamento. “Acho importante que ela receba o medicamento porque ela precisa muito e se é para proteger minha filha contra esse vírus perigoso, claro que vou trazê-la todos os meses até completar a imunização”, ressaltou.

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