A higienização e a forma correta de utilização dos equipamentos coletores são fundamentais para prevenir complicações
A estomia é um procedimento cirúrgico caracterizado por uma abertura artificial que liga os órgãos internos dos sistemas digestório, respiratório ou urinário ao meio externo. De forma temporária ou permanente, a estomia auxilia na alimentação, respiração e excreção. Entre os procedimentos mais conhecidos estão a traqueostomia, gastrostomia, colostomia e a urostomia.
Mesmo com poucos dados no Brasil, o Ministério da Saúde estima que existam mais de 400 mil estomizados em todo o país. Em Sergipe, o Serviço de Atendimento aos Ostomizados (SAO) que integra o Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino (CER IV), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), possui mais de 900 cadastros ativos de usuários que recebem equipamentos coletores e adjuvantes de proteção e segurança, como lenço removedor, barreira protetora em spray, entre outros.
A enfermeira Izabelita Alves destaca alguns cuidados necessários para evitar os riscos de complicações. “É imprescindível que as pessoas que possuem estomias tenham uma orientação adequada e uma rotina de cuidados com o estoma e com a pele periostomal. A higiene desse equipamento coletor é muito importante. Limpar com água e sabão neutro é apenas um desses cuidados. As mãos também devem estar higienizadas antes de manusear o equipamento coletor”, salienta.
“Além disso, é preciso que o paciente observe se não houve vazamentos entre a placa e a pele e realize a troca imediata, caso ocorra. O contato da urina e fezes pode provocar dermatites. Vale destacar ainda que existe uma forma correta para utilização e colocação da placa e da bolsa para que não cause nenhum dano. Para isso, é essencial o corte da placa o mais próximo possível ao estoma”, acrescenta a profissional.
Izabelita enfatiza ainda que, mesmo com alguns cuidados diferenciados, a pessoa com estomia pode realizar atividades habituais e sociais sem grandes preocupações. “Se o paciente não tiver nenhuma complicação, como por exemplo, estiver acamado, ele será uma pessoa independente, atuando profissionalmente, praticando esportes, realizando atividades de lazer, enfim, a estomia não o define e não o limita para viver com plenitude”, enfatiza.
Cadastro
Para realizar o cadastro no Serviço de Atendimento aos Ostomizados, o paciente ou familiar deve comparecer ao Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino (CER IV) com a cópia do RG e CPF do usuário e/ou do responsável, cópia do cartão do SUS, cópia do comprovante de residência atualizado e relatório médico original com CID.
“No serviço, além da entrega dos materiais, fornecemos aos usuários e familiares, as orientações necessárias para o cuidado com o estoma, suporte para a prevenção das complicações, acompanhamento com equipe multiprofissional e o incentivo ao convívio social e familiar, além da participação em grupos de apoio como a Associação Sergipana de Ostomizados e Amigos (Assoa)”, frisa a enfermeira Izabelita Alves.
O serviço funciona das 7h às 13h, na sala 74, no CER IV que fica localizado na avenida Carlos Rodrigues da Cruz, nº 1531, bairro Capucho. Outras informações pelo telefone 79 3209 8550, ramal 8582.
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