Doença hereditária do sangue altera a forma dos glóbulos vermelhos
O ambulatório do Centro de Hemoterapia (Hemose), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES), funciona diariamente das 7h30 às 17h, para os pacientes que são encaminhados através do serviço de atenção básica municipal e recebe todo o acompanhamento para o tratamento de doenças hematológicas, como é o caso da anemia falciforme, que causa anormalidade dos glóbulos vermelhos do sangue.
Carla Luana Nascimento Souza foi diagnosticada com anemia falciforme aos seis meses de vida, uma doença genética hereditária. Tratada no ambulatório do Hemose, a paciente passa por consultas regulares com médico especialista. Devido à doença, a rotina da adolescente de 19 anos a impede de ter uma vida normal, como a de outros jovens de sua idade. Carla Luana conta que só teve consciência da gravidade da anemia falciforme com o passar do tempo.
“Eu não tive infância. Sempre que dei entrada no hospital, de quinze em quinze dias, voltava para casa e em pouco tempo retornava com dor. Eu não sei bem o que é ter uma vida tranquila”, relatou, ao acrescentar que nos últimos dois anos precisou ser internada e entubada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “A assistência que recebo aqui no Hemose torna a doença mais suportável”.
De acordo com o médico oncohematologista pediatra, Richer Mota, que acompanha a paciente, Carla já teve muitas complicações por causa da anemia falciforme. “Ela sofreu um AVC e trombose, e no seu tratamento no Hemose faz uso de medicações próprias, como Hidroxiureia, Rivoraxabana ( xarelto) e Ácido Fólico, além de transfusões de hemácias com regularidade”.
Segundo o especialista, a patologia não tem cura, apenas tratamento para amenizar sintomas como dor nas articulações (ombro, cotovelos, joelhos e tornozelos), fadiga, aumento do baço, dentre outros. “Existe apenas uma pesquisa que estuda algumas possibilidades de cura para a doença, como o transplante de medula óssea”.
Serviços
O Ambulatório do Hemocentro de Sergipe presta atendimento para pacientes portadores de doenças hematológicas, como Hemofilia, Anemia Falciforme, Doença de Gaucher e Won Willebrand, com equipe multiprofissional composta por médicos oncohematologistas, pediatra, enfermeiros, odontólogo, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, farmacêuticos, dentre outros.
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