Nesse período, as doenças mais comuns são gripe, resfriado, asma e pneumonia
Com a chegada do outono e a consequente mudança na temperatura, o Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza (HC), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde, já registra um aumento significativo nos atendimentos realizados na unidade. A maioria dos casos que chegam ao hospital são de crianças com problemas respiratórios.
De acordo com o diretor técnico do HC, o médico William Barcelos, esses sintomas são típicos de doenças sazonais, que são aquelas que têm uma tendência maior de acontecer nessa época do ano, que já se aproxima do inverno. Nesse período, as doenças mais comuns são gripe, resfriado, asma e pneumonia.
O médico orienta que sejam observados os sintomas que a criança apresenta para, a partir daí, procurar o tratamento correto. “Caso a criança apresente apenas coriza, febre há menos de três dias, que não esteja hipoativa fora dos momentos de febre, que não esteja cansando e que venha mantendo uma alimentação razoável, orientamos que ela seja levada a uma Unidade Básica de Saúde [UBS] para fazer tratamentos sintomáticos como aerossol, remédio para febre e observação da criança”, explica William.
Ele ressaltou que, caso os sintomas persistam e piorem, a criança deve ser levada a uma Urgência. “A criança que mostra que está com dificuldade de respirar a ponto de fazer um esforço respiratório importante, ou seja, que está cansando como se tivesse acabado de correr, que esteja com mais de três dias de febre e entre os períodos da febre ela fica mais hipoativa e há mais de 24 horas sem se alimentar, que não consegue comer nada; ou então crianças pequenas que estejam extremamente irritadas e chorosas, isso são sinais de gravidade. Aí tem que levar, realmente, a um hospital”, destaca o médico.
William orienta ainda que, sempre que a criança ou alguém da família estiver com sintomas gripais é importante evitar mandar para a escola e evitar ter relação social mais próxima. “Isso evita que outras crianças fiquem doentes. Se todo mundo fizesse isso, a quantidade de vírus disseminado seria muito menor e a gente teria muito menos crianças doentes neste período. Então, se a criança começou a ficar resfriadinha, deixa de ir para a escola por, pelo menos, quatro a cinco dias”, reitera.
De acordo com o médico, outro cuidado importante é a hidratação e também a alimentação. “Hidratar bem a criança é essencial. Essa criança tem que beber bastante água, porque melhora a viscosidade das secreções, ela não fica com o nariz tão entupido e diminui a chance de ficar com a respiração cansada. E também manter uma alimentação saudável, né? Alimentação saudável ajuda a aumentar o sistema imunológico, evitando assim, que as doenças se agravem”, finaliza.
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