Instituto Parreiras Horta completa 101 anos com foco na inovação

Para ampliar sua capacidade de atendimento o Laboratório Central ampliou seu parque tecnológico com aquisição de diversos equipamentos

O Instituto Parreiras Horta (IPH) completa 101 anos de criação e tem como marca, a pesquisa e análises laboratoriais para agravos de Saúde Pública no Estado. Criado em 14 de novembro de 1922, o instituto passou por várias mudanças em sua estrutura administrativa e, a partir da década de 90, passou a funcionar como Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) e por último em 2010, foi incorporado à Fundação de Saúde Parreiras Horta.

Para funcionários que trabalham na instituição há mais de quatro décadas, o grande marco da instituição ocorreu com a implantação e modernização do parque tecnológico. “As equipes trabalhavam fazendo as análises manualmente e hoje temos equipamentos de última geração que passaram a fazer parte das rotinas dos laboratórios”, disse João Batista dos Santos, do serviço de Bromatologia.

O técnico de laboratório, Josué Botto da Silva, conta com orgulho que acompanhou as principais fases de transição do Parreiras Horta para Lacen. Ele acrescentou ainda, que ao longo das últimas duas décadas, o órgão passou por várias reformulações, em função da descoberta e implantação de novas doenças e metodologias.  “Sinto orgulho de fazer parte dessa história de trabalho com amor e dedicação”, disse.

Diagnóstico de notificação compulsória

O Laboratório Central realiza mais 400 mil exames anuais, relacionados a cerca de 200 tipos de diagnósticos diferentes, como a notificação compulsória – que são as doenças de múltiplas causas, que podem ter sua origem física, social, econômica e ambiental.

Dentre os diagnósticos realizados pelo Lacen destacam-se: meningites, gripe por Influenza e outros vírus respiratórios, tuberculose, hanseníase, difteria, sífilis, HTLV, leptospirose, arboviroses, sarampo, rubéola, marcadores virais e tumorais, HIV/Aids, encefalite, diagnóstico de zoonoses e identificação de vetores transmissores da dengue, chikungunya, zika vírus, febre amarela, além de outras análises.

A unidade também realiza os programas de Proteção à Gestante (Protege) e o Vigiagua destinado a verificar a qualidade da água para consumo humano. Todo esse trabalho é realizado com o uso de tecnologias avançadas e profissionais qualificados.

Pesquisa e Inovação

Somente na última década a unidade colaborou de forma efetiva no combate a importantes agravos de saúde pública. Sendo o primeiro em 2015, que foi a implantação do diagnóstico da dengue, chikungunya e zika vírus. Já em março de 2020 até o final de 2022, ocorreu o enfrentamento à pandemia do Sars-CoV-2, causador da Covid-19. 

De acordo com o superintendente do Laboratório Central, o farmacêutico bioquímico, Cliomar Alves, em todos os momentos a unidade atuou em várias frentes, na pesquisa e análises de amostras para auxiliar no diagnóstico das doenças. “Vivemos momentos de muita preocupação, onde todos os profissionais trabalharam comprometidos para liberação de análises em tempo hábil para o tratamento de milhares de pacientes, contribuição de medidas efetivas de saúde pública e enfrentamento de emergências”, destacou o gestor.

Ampliação do parque tecnológico

Nos últimos dois anos, o Lacen passou por uma reformulação nas áreas de infraestrutura e logística para ampliação do parque tecnológico dos laboratórios de Biologia Molecular com a aquisição de vários equipamentos como, extratores de material genético, cabines de fluxo laminar, termocicladores, centrífugas, geladeiras e freezers para realização de testes pela metodologia de RT-PCR. Nesse setor são processados importantes testes para detecção de doenças em emergência global como, Covid-19 e Monkeypox. Além disso, também foi implantado o laboratório de Sequenciamento Genético para análise das variantes do Sars-CoV-2.

Atribuições

O Lacen distribui kits de diagnóstico de baixa complexidade e desenvolve ainda a capacitação da rede laboratorial do Estado, que atua como agente notificador dos agravos em saúde pública para tomada de decisões por parte da Vigilância Epidemiológica, Sanitária, Ambiental e da Atenção Básica de Saúde.

Fotos: Ascom SES

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