Saúde alinha fluxos de atendimento a mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência

Oficina dá continuidade às iniciativas realizadas em 2023, proporcionando atendimento mais integrado às vítimas

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública (ESP-SE), promoveu na última segunda-feira, 25, a Oficina para Construção dos Fluxos de Atendimento Integral às Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência Interpessoal ou Autoprovocada. A ação foi planejada pelo Núcleo de Vigilância de Violências e Acidentes, da Diretoria de Vigilância em Saúde, e dá continuidade às iniciativas realizadas em 2023, com o objetivo de melhorar a notificação de casos de violência e proporcionar um atendimento mais integrado às vítimas.

O encontro destacou a necessidade de qualificar profissionais da saúde para identificar situações de violência, preencher notificações de forma adequada e alinhar os fluxos de atendimento. A falta de comunicação entre os setores e a ausência de diretrizes claras muitas vezes resultam em um cuidado fragmentado, dificultando o acolhimento integral das vítimas.

Segundo o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, a oficina buscou organizar a rede de atenção para assegurar um atendimento eficiente e integrado. “Nesse evento, estamos discutindo aspectos teóricos e promovendo uma oficina prática para construir fluxos claros de atenção integral à mulher, à criança e ao adolescente vítimas de violência. É fundamental que os profissionais saibam identificar possíveis casos, realizar a notificação compulsória e compreender o papel de cada serviço no atendimento”, explicou.

Já a diretora de saúde da mulher da Secretaria de Estado de Política para as Mulheres de Sergipe (SEPM), Viviane Goston, ressaltou a relevância da discussão intersetorial para superar os desafios existentes. “Este é um momento oportuno para construir um fluxo eficiente que garanta atendimento integral às vítimas. Sabemos das dificuldades no acolhimento e nos encaminhamentos, mas com a colaboração de todos os atores, podemos transformar esse cenário e assegurar o direito à proteção”, disse ela.

Representando o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Rute Rosendo destacou a importância do evento para o fortalecimento da rede de proteção. “Este encontro é enriquecedor, pois promove um diálogo intersetorial que fortalece a ação de todos os órgãos de garantia de direitos. Ver o que já foi feito e planejar os próximos passos enche nosso coração de esperança de que crianças, adolescentes e mulheres possam ser acolhidos e protegidos pela rede e pelo Estado”, afirmou.

Fotos: Nucom Funesa

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