Iniciativa promove notificações e fortalece assistência na rede hospitalar
Nesta quinta-feira, 31, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE) e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), realizou, no município de Estância, a Oficina de Qualificação de Notificações de Agravos Relacionados à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora para os Profissionais da Rede Hospitalar.
A oficina teve como principal objetivo estimular a notificação de agravos pelos municípios e pela rede hospitalar, oferecendo apoio técnico à rede de saúde da regional de Estância para fortalecer a rotina de vigilância.
De acordo com o psicólogo e apoiador institucional do Cerest Sergipe, Elder Magno, essa capacitação contribui para que os profissionais dos municípios construam uma rede de apoio e fortaleçam a comunicação entre o Estado e os municípios. “O Estado tem a obrigação e a responsabilidade de ser a retaguarda dos municípios nas ações de saúde do trabalhador, então, nesses momentos, conseguimos ouvir as dificuldades que eles enfrentam e estabelecer acordos e fluxos regionais para otimizar o trabalho”, explicou Elder.
A enfermeira e técnica em segurança do trabalho Caroline Morais, representante do município de Santa Luzia do Itanhy, destacou a importância desses momentos de capacitação para reforçar a relevância da notificação. “Essas capacitações nos mostram a importância de notificar, principalmente para compreendermos a situação do nosso município e dos municípios vizinhos. Aqui, conseguimos estabelecer um fluxo com os hospitais de referência da nossa região, criando uma via de mão dupla. Assim, quando identificamos situações que requerem vigilância, o hospital também nos retorna informações, o que nos ajuda a aprimorar nossa análise”, comentou Caroline.
Ainda de acordo com a enfermeira Caroline, as notificações costumam envolver doenças relacionadas ao ambiente de trabalho, além de investigar, recentemente, o uso exacerbado e incorreto de agrotóxicos no campo. “Por vezes, os agricultores não têm noção dos produtos que utilizam, então começamos a instruí-los sobre a importância da notificação em casos de acidentes de trabalho, inclusive envolvendo animais peçonhentos, pois agricultura e pesca são atividades predominantes em nosso município,” enfatizou a enfermeira.
Já a coordenadora assistencial da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Boquim, Mayara da Silva, reforçou que a qualificação é essencial para aprimorar os serviços de saúde. “Quanto mais qualificados os profissionais estiverem, melhor será a qualidade da assistência prestada em todos os níveis. É fundamental que toda a rede hospitalar participe, pois isso consolida informações, estratégias e fluxos, permitindo um direcionamento mais eficiente para toda a cadeia. A padronização também contribui para saber como proceder em casos de acidentes com trabalhadores, uniformizando o sistema da rede hospitalar”, afirmou a coordenadora.
Fotos: Nucom Funesa
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