O mês de fevereiro é conhecido pela cor laranja por fazer referência à leucemia, tipo de câncer que causa o crescimento acelerado e anormal nas células do sangue
A ação itinerante ‘Sergipe é aqui’ tem o intuito de aproximar os serviços do Governo do Estado da população dos municípios sergipanos. Com este objetivo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), reforçou a conscientização sobre a importância a doação de medula óssea durante a 41ª edição da ação no município da Barra dos Coqueiros, realizada nesta sexta-feira, 14.
O mês de fevereiro é conhecido pela cor laranja que visa conscientizar sobre a leucemia, tipo de câncer que causa o crescimento acelerado e anormal nas células do sangue, os leucócitos, responsáveis pela defesa do organismo. Existem vários tipos de leucemia, incluindo a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) que é o crescimento rápido e agressivo; a Leucemia Mieloide Crônica (LMC), uma progressão mais lenta da doença; a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), geralmente mais comum em crianças e a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), que é mais comum em idosos.
De acordo com a superintendente do Hemose, Fernanda Kelly, a ação no ‘Sergipe é aqui’ é essencial para a sensibilização da população. “Durante o cadastro, tiramos algumas dúvidas sobre o procedimento e destacamos sobre a importância da doação. Uma vez que haja uma compatibilidade genética com o possível receptor, o indivíduo é convocado e a gente reforça a atualização dos dados cadastrais, pois é um meio de convocação para essa pessoa ser um possível doador”, explicou a superintendente.
Doadores voluntários
Sergipe conta com 66.200 pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). E, para aumentar a captação de possíveis doadores para ajudar pacientes que esperam pelo transplante da medula óssea, o Hemose realiza um trabalho de captação por meio do ‘Sergipe é aqui’.
Ao longo das edições da ação itinerante, mais 360 pessoas se candidataram voluntariamente para ser doadoras de medula óssea. E na edição da Barra dos Coqueiros não foi diferente, a dona de casa Alana Soares aproveitou a participação do Hemose para fazer o seu cadastro.
“Eu já sou doadora de órgãos e por esse motivo decidi ser doadora de medula óssea. É um gesto genuíno de fraternidade ao próximo, porque assim como eu posso precisar algum dia, outra pessoa também pode. Então, estou muito feliz que durante a ação consegui me voluntariar nessa causa tão nobre”, comemorou Alana.
A estudante de enfermagem Jéssica Marina, 23, também realizou o seu cadastro. “Como estudante sei da importância de ser voluntário de medula óssea e que uma simples ação pode mudar a vida daqueles que necessitam”, disse.
Como ser um doador
A doação de medula óssea é importante para o tratamento de pacientes com doenças que comprometem a produção normal de células sanguíneas, como leucemias, portadores de aplasia de medula óssea e síndromes de imunodeficiência congênita.
Para se candidatar como doador voluntário de medula óssea, é preciso realizar o cadastro no Hemocentro. Para isso é necessário ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde e não possuir histórico de câncer. O cadastro consiste em preencher uma ficha com informações pessoais e a retirada de apenas 5ml do sangue do candidato a doador, a fim de fazer o exame de HLA (histocompatibilidade), que cruza com os dados de pacientes à espera do transplante. Mais informações podem ser consultadas através dos telefones (79) 3225-8019 e 3225-8039.
Fotos: Flávia Pacheco
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