CER IV oferta novo serviço para pessoas com perda auditiva

As próteses auditivas são destinadas a pessoas de qualquer faixa etária com algum grau de perda auditiva

O Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino (CER IV), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), passa a disponibilizar um novo serviço voltado a usuários com perda auditiva. A partir desta sexta-feira, 28, os pacientes que possuem algum grau de perda auditiva, de qualquer faixa etária, receberão próteses auditivas, também conhecidas como aparelhos auditivos.
 
Ao serem encaminhados para o centro estadual, os pacientes passarão por uma avaliação audiológica completa a fim determinar o tipo e o grau de perda auditiva e, assim, realizar a indicação do aparelho auditivo mais adequado às necessidades específicas. Entre as principais categorias de próteses auditivas disponibilizadas pelo CER IV estão as retroauriculares, as intra-auriculares e intra-canal.  
 
Para o gestor operacional da Reabilitação Auditiva do CER IV, o fonoaudiólogo Valmir Andrade, o novo serviço permite melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência auditiva. “O Centro desempenhará um papel vital na promoção da saúde auditiva e no bem-estar geral da população. Não tenho dúvidas de que o CER IV se tornará um marco na saúde auditiva de Sergipe. A prótese permite uma comunicação efetiva, proporciona um desenvolvimento infantil adequado, evita isolamento social e melhora o desempenho educacional e profissional de pessoas com baixa acuidade auditiva. Além disso, a reabilitação auditiva também promove a participação social e econômica, tornando a sociedade mais inclusiva e produtiva”, enfatizou.
 
O senhor Agostinho Custódio, de 60 anos, foi o primeiro paciente a receber o aparelho auditivo no CER IV. Morador de Nossa Senhora do Socorro, ele foi percebendo aos poucos a perda auditiva decorrente do próprio envelhecimento. “Ficava bastante constrangido quando me chamavam e eu não ouvia. Fui encaminhado ao CER IV, fiz consultas e exames que verificaram a perda auditiva e a necessidade do uso do aparelho. É uma honra para mim ser o primeiro a receber. Estou muito feliz que minha audição vai voltar ao normal e vou poder fazer as atividades que tanto gosto. Agora estou ouvindo muito bem. Receber essa prótese é uma graça de Deus”, comemorou.
 
Adaptação e reabilitação
De acordo com o fonoaudiólogo Valmir Andrade, o processo de adaptação de uma prótese auditiva pode variar em cada indivíduo. “Pode levar algum tempo até que o paciente se acostume com os novos sons e benefícios proporcionados pelo aparelho. A paciência e o suporte contínuo do fonoaudiólogo são fundamentais para o sucesso do uso da prótese auditiva”, salientou.
 
A unidade oferece ainda acompanhamento regular para realizar ajustes nos aparelhos de acordo com as necessidades dos pacientes, envolvendo regulagens nos níveis de amplificação, configurações de filtros de som e outras personalizações para otimizar o benefício auditivo.
 
Além das próteses auditivas, o CER IV também oferece terapias voltadas às pessoas com deficiência auditiva. O processo é considerado essencial para auxiliar os pacientes na adaptação das próteses auditivas. “Durante as terapias, os fonoaudiólogos trabalham com os pacientes para que eles se familiarizem com os novos sons proporcionados pelos aparelhos e para que aprendam a interpretar e processar esses sons de forma eficiente. A terapia também pode incluir exercícios de desenvolvimento da linguagem e da comunicação”, explica o fonoaudiólogo.
 
Acesso e encaminhamento
Por ser uma unidade regulada, é necessário o encaminhamento através da Unidade Básica de Saúde (UBS) municipal por meio de ficha exclusiva e relatório médico com  a Classificação Internacional de Doenças (CID). Ao passar pelo complexo regulatório, o paciente tem seu acolhimento no serviço agendado.

Desde o ano passado, a deliberação do Colegiado Interfederativo Estadual n.º 046/2022 definiu o fluxo de abrangência do atendimento do CER IV para os quatro tipos de reabilitação. Para as modalidades auditiva, física e intelectual/TEA estão contempladas as regionais de Nossa Senhora do Socorro, Estância e Itabaiana com a abrangência de 36 municípios sergipanos. São eles: Areia Branca, Campo do Brito, Carira, Frei Paulo, Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis, São Domingos, São Miguel do Aleixo, Arauá, Boquim, Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Pedrinhas, Santa Luzia do Itanhy, Tomar do Geru, Umbaúba, Capela, Carmópolis, Cumbe, General Maynard, Japaratuba, Maruim, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Socorro, Pirambu, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas e Siriri. Para a modalidade visual, os 75 municípios sergipanos.

Fotos: Flávia Pacheco

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