A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da Campanha Dezembro Laranja, lançada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD), que promove um alerta para a prevenção do câncer de pele. Esse melanoma é o mais comum no Brasil e no mundo, com grande incidência no Nordeste. Representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O verão está chegando. A estação começa no dia 21 de dezembro e traz um período de muito sol. Nas praias do nordeste, por exemplo, a estação coincide com maior número de banhistas e mais tempo sob a exposição aos raios solares, fatores que contribuem para o surgimento do câncer de pele. Por isso, a dermatologista da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Lana Luiza Cruz, reforça quais os cuidados preventivos devem ser adotados para combater esse tipo de melanoma.
A médica enfatiza que a população deve evitar exposição direta ao sol, optar por ficar sempre na sombra, com uso de protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 50, óculos escuros e sempre que possível, investir nas roupas com proteção ultravioleta (UV) e não esquecer da hidratação, ingerir bastante líquido. O horário ideal para exposição ao sol é antes das 10 horas e depois das 16 horas, além de barreiras solares como bonés, chapéus e guarda-sol.
A mensagem é um incentivo para que a população adote hábitos de proteção solar em sua rotina. O câncer de pele é o tipo de câncer que mais atinge as pessoas em todo o mundo. Ele pode ser detectado por meio de um autoexame. Basta prestar atenção em pintas que cresceram, manchas que aumentaram, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam. Quando a descoberta é feita no início, a doença tem mais de 90% de chances de cura. Foi o que aconteceu com a auxiliar administrativa, Jucileide Lima, que observou o crescimento de uma pinta no nariz e procurou um especialista.
A dermatologista lembra que no caso das crianças os cuidados devem ser dobrados. As crianças têm a pele mais sensível e susceptível ao sol e a queimadura solar antes dos 18 anos é um fator de risco para o câncer de pele mais letal que o melanoma.
O protetor infantil pode ser utilizado a partir de 6 meses de vida, mas mesmo com o protetor, deve-se evitar a exposição solar no horário crítico. “Nesses horários em que o sol está mais forte deve-se manter a criança sempre na sombra e reaplicar o protetor a cada 2 horas e oferecer bastante líquido a criança”, reforça. Para identificar os primeiros sinais do câncer de pele, Lara afirma que utilizam as regras da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“As pintas são um sinal de alerta para os casos suspeitos: assimetria, uma metade do sinal é diferente da outra, bordas irregulares, contorno mal definido, cor variável, presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul), diâmetro, maior que 6 milímetros, mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor), lesão que não cicatriza com 4 semanas de duração, também é uma lesão suspeita. Nesses casos, deve-se procurar um dermatologista para avaliação clínica”, enfatizou.
Diferenças
De acordo com o Inca, o câncer de pele é comum em pessoas com mais de 40 anos, é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas. São dois tipos principais de câncer de pele, o não-melanoma e o melanoma, sendo que o não-melanoma possui incidência mais comum, associado a um risco menor de mortalidade. Entretanto, nos casos que refletem maior demora no diagnóstico e na extração, podem causar marcas e deformações em partes do corpo.
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