Vacina contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra doenças respiratórias e suas complicações
O período da sazonalidade, que compreende o outono e inverno, tende a apresentar um aumento expressivo nas doenças respiratórias em crianças e exige mais atenção por parte dos pais e responsáveis por esse público. A época do ano traz mudanças climáticas, como temperaturas mais baixas e chuvas, o que contribui para a proliferação e transmissão de vírus, deixando crianças mais expostas a infecções respiratórias. Algumas recomendações, como manter o calendário vacinal em dia, são importantes para prevenir doenças respiratórias e suas complicações.
De acordo com a médica do Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, Alanna Teles, no período de sazonalidade há o aumento de infecções virais, o que acaba aumentando muito a demanda de atendimento na rede como um todo da Pediatria, seja nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nas unidades especializadas. “A maioria dos casos que temos recebido são de baixa complexidade e que poderiam ter sido solucionados com cuidados em casa ou com atendimentos nas UBS. Grande parte dos casos são virais e que tendem a ser de baixa gravidade e de curta duração”, explica Alanna.
Algumas orientações são fundamentais, como aumentar a higienização das mãos das crianças (lavagem das mãos e/ou álcool em gel quando necessário), evitar locais aglomerados, manter as crianças em casa quando doentes, usar máscara de proteção quando precisarem sair e cumprir o calendário vacinal. “Quando a criança tem muita secreção de via aérea, a lavagem nasal tem um impacto importante na questão da desobstrução gerando conforto e evitando também complicações e evolução para um quadro bacteriano: seja uma sinusite, otite ou uma pneumonia de fato”, acrescenta a médica.
Apesar da maioria dos pacientes apresentarem quadros mais leves, os pais e responsáveis precisam ficar atentos ao momento de procurarem uma unidade de saúde especializada, como o Hospital da Criança. “Devemos procurar uma urgência quando a criança apresentar sinais de alerta como febre alta persistente e por mais de 72h, além de sintomas associados a febre, desconforto respiratório, respiração rápida, falta de ar, irritabilidade, recusa de dieta, sobretudo de líquidos e sonolência”, frisa Alanna.
Vacinação
O cumprimento do calendário vacinal é um forte aliado ao combate de síndromes respiratórias, que atingem principalmente crianças. No período de sazonalidade, há a predominância dos vírus influenza A e B, além do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
A vacina contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especificamente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco. A vacinação contra a gripe foi ampliada e está disponível nas UBS dos 75 municípios sergipanos. Crianças com idade a partir de 6 meses podem receber o imunizante.
Espaço de Apoio à Saúde Infantil
Cumprindo as ações de enfrentamento ao período de sazonalidade pediátrica, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) entregou no mês de abril o ‘Espaço de Apoio à Saúde Infantil’. O local anexo ao Hospital da Criança está disponível para a população para atender as crianças com sintomas leves das síndromes gripais.
A superintendente do Hospital da Criança, Catharina Costa, afirmou que o espaço favorece à unidade de saúde no quesito de atender aos pacientes de forma mais ágil e qualificada. “O espaço é voltado ao atendimento de baixa complexidade, quando o paciente já veio de uma UBS com primeiros dias de sintomas e não teve resolução, mas procura o hospital para receber atendimento, medicação e caso necessário, realizar exames complementares. Além disso, caso o quadro clínico exija, o paciente poderá ficar internado no Hospital da Criança”, informa.
O espaço conta com dois consultórios para atendimento de crianças com sintomas leves das síndromes gripais. Além disso, o local dispõe de poltronas que servem de apoio para aplicação de medicações rápidas, deixando a estrutura do Hospital da Criança exclusivamente para atender as demandas de doenças respiratórias com classificação de risco – pacientes com urgência de atendimento. Ainda para atender a demanda do período de sazonalidade, o hospital realizou contratação extra de médicos e enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Em relação ao fluxo de atendimento, o hospital oferece atendimento a crianças com idade a partir de 29 dias até 12 anos, 11 meses e 29 dias. Os serviços estão disponíveis 24 horas, todos os dias da semana sem interrupções para suprir as demandas espontâneas e referenciadas de baixa e média complexidade e emergência.
Fotos: Ascom SESE
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