A unidade tem um programa para realizar boas práticas obstétricas no trabalho de parto de forma gratuita e atende toda a região sul do estado por estar localizado no município de Estância
Com quase 163 anos, o Hospital Regional e Maternidade Amparo de Maria, instituição beneficente que integra a rede estadual de saúde por meio da contratualização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de serviços de baixa e média complexidade, é uma referência quando o quesito é a realização de partos humanizados.
Como recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a maternidade se preocupa em realizar boas práticas obstétricas no trabalho de parto, parto e nascimento. Segundo a coordenadora da maternidade, Nadyege Pereira Cardoso, os trabalhos de parto realizados oferecem métodos não farmacológicos para o alívio da dor, optando por atividades humanizadas.
“Utilizamos várias atividades para diminuir para alívio da dor e ativação do parto, com uso da bola suíça, escada de ling, banho morno, musicoterapia, aromaterapia, dieta, penumbra, deambulação, participação ativa do acompanhante durante todo o processo do trabalho de parto e despedida da barriga com arte gestacional. É a parturiente quem escolhe a posição mais favorável e adequada para o parto normal. Diante disso, reduzimos os partos em posição litotômica e passamos a ter como rotina partos verticalizados na banqueta, em pé, de cócoras, no banho, semiverticalizados, lateralizados e de quatro apoios”, explica a coordenadora.
Além dos partos normais, as cesarianas recebem a mesma atenção e cuidado para que tenham uma experiência respeitosa. A coordenadora assistencial da maternidade, Manuelle Menezes de Oliveira, explica que uma das boas práticas neste momento é o campo baixo para visualização do nascimento. “Para todos os tipos de parto, realizamos o clampeamento oportuno de cordão, exceto em casos de cuidados intensivos do recém-nascido, contato pele a pele com aleitamento materno na primeira hora de vida, exercendo o vínculo entre mãe e bebê. Além destas práticas, o acompanhante apoia e participa do parto. Aos que desejam, oportunizamos a secção do cordão umbilical”, frisa.
“No puerpério, realizamos o carimbo da placenta, incentivo ao aleitamento materno exclusivo, oferta das primeiras vacinas, triagem neonatal, apoio psicológico e primeiro click, com disponibilização da foto. Não esquecendo das mulheres que têm suas gestações interrompidas, proporcionamos um espaço voltado exclusivamente para este público, humanizando esse processo de luto”, esclarece a coordenadora assistencial.
A maternidade prioriza o parto respeitoso, autonomia da gestante, acompanhante e posição do parto de livre escolha. A equipe é multiprofissional, composta por obstetras, residentes, enfermeiros obstetras e neonatais, pediatras, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e terapeutas holísticos capacitados e qualificados para vivenciar de forma respeitosa o parto individual de cada parturiente que ali é admitida.
Sobre o hospital
A unidade oferece consulta especializada em áreas como clínica e cirurgia geral, ortopedia, dermatologia, pediatria, cardiologia, nefrologia, psicologia, ginecologia, otorrino e urologia; exames de tomografia, radiologia, holter, eletrocardiograma, MAPA, teste ergométrico, entre outros, além da assistência hospitalar de baixa e média complexidade.
Tesouro da Medicina sergipana, o Hospital Regional e Maternidade Amparo de Maria é tombado como símbolo do Patrimônio Histórico de Sergipe e se constitui no mais antigo hospital em funcionamento no estado, jamais tendo interrompido suas atividades. A unidade foi fundada em 10 de maio de 1860, no final do século XIX. Sua primeira diretoria foi instalada em 1862 e formada pelo diretor, Izaías Horácio de Souza; tesoureiro, capitão Saturnino Vieira de Souza; e provedor, José de Araújo.
Sua história tem origem na ideia de alguns cidadãos estancianos de constituírem a Casa de Saúde Senhora do Amparo para atender às pessoas desprovidas de recursos. Sua localização original foi uma casa alugada na antiga Rua do Capim Macio, hoje denominada de Rua Dr. Vicente Portela, onde atualmente funciona a prefeitura da cidade. Através da Lei Provincial de nº 600, de 10 de maio de 1860, criou-se, oficialmente, o Hospital Amparo de Maria.
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