Lavagem adequada das mãos pode reduzir a taxa de infecções relacionadas à assistência à saúde em cerca de 20%
Nesta segunda-feira, 5 de maio, é celebrado o dia mundial da higiene das mãos. Para marcar a data e fazer um alerta sobre a importância dessa prática, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), por meio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), promoveu uma blitz educativa para destacar a necessidade da higienização correta das mãos para prevenção de infecções, bem como adoção do adorno zero, medida de redução do risco de infecção hospitalar.
De acordo com a responsável técnica do Serviço de Controle da Infecção Hospitalar e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da MNSL, a infectologista Magaly Medeiros, a higienização da mãos é uma medida primária muito importante no controle de infecções relacionados à assistência à saúde. Segundo ela, a lavagem adequada das mãos pode reduzir a taxa de infecções em cerca de 20%.
“É importante, também, a adoção da política de adorno zero, pois quando se usa itens como aneis e pulseiras no ambiente hospitalar, a higienização não será adequada, em razão do risco de partículas ficarem nas mãos. Se algum material infectado estiver nas mãos, por exemplo, poderá ser transferido para as superfícies ou transmitido para os pacientes”, explicou ela.
A médica ressaltou ainda que mãos úmidas têm mais chances de espalhar bactérias do que mãos secas. Vírus e bactérias presentes nas mãos são responsáveis pela transmissão de doenças, como resfriados, herpes, conjuntivite e até diarreia. “A higiene apropriada das mãos não só previne as infecções relacionadas à assistência à saúde e a propagação da resistência microbiana aos antimicrobianos, mas também consiste em uma medida fundamental para evitar o contágio de doenças como a Covid-19, por exemplo. A higienização das mãos salva vidas”, acrescentou Magaly.
Cuidados
Na assistência em uma unidade de saúde existem cinco momentos nos quais deve ser realizada a higienização das mãos: antes de tocar no paciente, antes de realizar procedimento limpo/asséptico, como curativos, após risco de exposição a fluidos corporais, depois de tocar o paciente e após tocar as superfícies próximas ao paciente.
Segundo a infectologista, na programação do Serviço de Controle da Infecção Hospitalar e da CCIH da MNSL consta treinamento para todas as equipes de funcionários da maternidade, inclusive os trabalhadores da Higienização, não só referente à lavagem correta das mãos, mas também a limpeza de todo o ambiente hospitalar.
Responsável técnica do NQSP, a enfermeira Kátia Leal explicou que as luvas não substituem a lavagem das mãos. “Todas as vezes que for usar luvas, deve higienizar as mãos antes de calçar as luvas e após a retirada também. As luvas são essenciais em determinados procedimentos clínicos, mas nunca substituem a higienização das mãos. Lavar ou higienizar as mãos antes e depois do uso de luvas protege pacientes e profissionais”, enfatizou ela.
Fotos: Flávia Pacheco
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