O evento foi voltado para médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que atuam na área da Neonatologia
Com o objetivo de melhorar a assistência para gestantes de alto risco e bebês prematuros, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) promoveu, na quarta-feira, 13, uma capacitação sobre hemorragias peri-intraventriculares do recém-nascido (RN) prematuro. O quadro é muito comum em RNs abaixo de 32 semanas de vida.
A capacitação foi conduzida pelo médico residente de Neonatologia Marcos Vinícius de Andrade Lopes, e teve como público-alvo médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que atuam na área da Neonatologia da MNSL.
De acordo com o médico, a capacitação é um ‘bundle’ (conjunto de estratégias e boas práticas) de cuidados de manipulação mínima do RN que tem risco de hemorragia cerebral. Esse protocolo já está sendo implantado em hospitais do Brasil e do mundo. “É uma semente que estamos plantando aqui na maternidade para implementar um protocolo na unidade, que faz com que diminua o risco de sangramentos perinatais e sangramentos durante a internação de prematuros na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin)”, explicou Marcos Vinícius Lopes.
Na ocasião, o médico apresentou alguns cuidados que a equipe pode ter para diminuir o risco de hemorragia, que prejudica muito o bebê. “Tanto no momento da internação, como posteriormente, porque precisa de assistência médica e psicológica, pois pode levar a processos de patologias (doenças) de ordem psíquicas e motoras. Esses sangramentos ocorrem com frequência em RN prematuro”, afirmou.
Ainda segundo Marcos Vinícius, existem quatro graus distintos de hemorragia da prematuridade. “As taxas de grau I e II são de 28% a 30%, essas são menos lesivas. De grau III a taxa é 25% e o grau IV, que é a pior e acontece mais, está em 35%, que são lesões de parênquimas cerebral e podem levar a deficiências cognitivas para o resto da vida da criança, como hidrocefalia, por exemplo”, detalhou.
Fotos: Ascom SES
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