A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Programa Estadual IST/Aids, participou, durante a semana, de várias iniciativas referentes à celebração do Dia Internacional da Mulher (8 de março). As ações tiveram como objetivo levar ao público feminino, abordagens a respeito dos cuidados com a saúde sexual da mulher. Nesse sentido, foram discutidos temas como o uso da camisinha feminina, a importância do pré-natal, as infecções sexualmente transmissíveis e os meios de prevenção.
O técnico do Programa de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana, participou de iniciativas e elevou informações para o público no evento realizado pelo projeto ‘Mulheres em movimento’, no último dia 09, na praça General Valadão. Além disso, dialogou com mulheres na Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe, bem como participou da ação do Projeto Saúde na Praça, no bairro 17 de março, promovida pela secretaria do município.
“Realizamos ações e conversamos sobre a Prevenção à Sífilis e HIV junto às Mulheres, destacando a importância de fazer o teste rápido para diagnóstico precoce desses agravos, bem como a importância do uso do preservativo feminino, caso o parceiro não queira usar o seu preservativo. A oportunidade foi interessante para dialogar também sobre os números da Aids e a Sífilis na população feminina em Sergipe”, destacou Almir Santana.
O médico conta que um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe mostrou que, no período dos últimos 10 anos, foram registrados 2.109 de mulheres vivendo com HIV/Aids. A população masculina chegou a 6.872 casos. “O registro de mulheres soropositivas além de indicar dificuldades no uso do preservativo pelo parceiro sexual ou pela própria mulher, traz uma grande preocupação: a possibilidade de gravidez estando soropositiva e o nascimento de crianças expostas ao HIV ou até infectadas, caso não seja feito um pré-natal de qualidade”, disse.
Outro assunto tratado nas ações foi a Sífilis. Conforme dado levantado SES, no período dos últimos 10 anos, foram detectadas 5.160 mulheres com sífilis adquirida, 4.416 homens com o mesmo agravo e 5.994 gestantes com sífilis, o que vem trazendo, como consequência, o nascimento de muitas crianças com Sífilis Congênita.
“Temos um número crescente de gestantes com Sífilis e se não houver a realização do Pré-natal, pode haver a infecção dos bebês. Isso é um dos motivos do aumento da Sífilis congênita. Um dos problemas que enfrentamos é a detecção tardia dessa gestante. Assim, dialogamos com as mulheres que é fundamental começar o acompanhamento médico e Pré-natal assim que a gravidez for confirmada. Acredito que é de extrema importância informar o público feminino sobre esses assuntos. Queremos promover o cuidado e informar sobre saúde sexual feminina”, finaliza o médico.
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