As altas temperaturas contribuem para a multiplicação de bactérias, o que acaba provocando um aumento no número de casos de intoxicação
O serviço de nutrição e dietética do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) faz um alerta à população sobre os cuidados com a intoxicação alimentar durante a estação mais quente do ano, o verão.
De acordo com a coordenadora do setor de Nutrição, a nutricionista Sieune Roberta Araújo Gomes, é comum neste período um aumento significativo de casos de intoxicação alimentar. Segundo ela, as altas temperaturas contribuem para a multiplicação das bactérias. “O calor favorece a proliferação de fungos e bactérias, e acelera a decomposição dos alimentos, especificamente de alimentos mal acondicionados. A grande causa da intoxicação seria a ingestão dos alimentos contaminados”, explica.
A nutricionista também destaca que é importante manter sempre os cuidados necessários quanto às doenças transmitidas por ingestão de alimentos contaminados. Ela chama atenção aos alimentos crus e malcozidos, e afirma que a atenção deve ser redobrada com comidas em restaurantes ‘self-service’.
“É importante evitar alimentos crus ou malcozidos, manter os alimentos bem refrigerados, ficar atento às temperaturas dos refrigeradores e geladeiras dos supermercados onde os alimentos ficam acondicionados, levar seus próprios lanches em passeios, observar a higiene de lanchonetes e quiosques (limpeza do ambiente, balcões, utensílios e dos atendentes), lavar as mãos antes de comer, ter atenção redobrada com comidas em ‘self-service’ e beber água filtrada”, diz.
Sieune explica que os sintomas podem variar de acordo com o tipo de bactéria presente no alimento e reforça a necessidade da população tomar bastante água nesta época do ano. Uma boa dica, segundo ela, é a água de coco, que é rica em eletrólitos e é mais saudável do que bebidas isotônicas industrializadas.
“Os sintomas da intoxicação alimentar são náusea, diarreia, vômitos, dor abdominal, mal-estar e febre. Mas isso pode variar de acordo com o tipo de bactéria que o alimento esteja contaminado, imunidade de cada indivíduo e também o nível de contaminação. De qualquer modo, é importante tomar muita água, no mínimo dois litros/dia, e água de coco também é uma boa pedida, devido a grande quantidade de eletrólitos, que ajuda na reposição hidroeletrolítica”, afirma.
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