Saúde discute planejamento estratégico para a sazonalidade de doenças

Profissionais reforçam a importância da vacinação e o fortalecimento da rede assistencial para prevenir internações e óbitos, com destaque para a dengue, Covid 19 e doenças respiratórias

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou nesta quinta-feira, 20, mais uma reunião do Grupo de Trabalho Executivo voltado à sazonalidade de doenças, especialmente em crianças. O encontro teve como objetivo planejar a alocação de recursos financeiros, humanos e logísticos, garantindo que toda a rede estadual de saúde possa oferecer um atendimento de qualidade, reduzir internações e evitar óbitos. 

O diretor operacional da Saúde da SES, Waltenis Júnior, destacou que esta foi a quarta reunião do grupo, com foco na atualização das ações estratégicas. “Estamos intensificando medidas de prevenção e promoção da saúde, garantindo que crianças, jovens e adultos compreendam a importância da vacinação. Também reforçamos a necessidade de readequação das unidades hospitalares da rede estadual, além do fortalecimento das escalas de trabalho, essencial para assegurar assistência à população”, ressaltou. 

Durante a reunião, destaque para a necessidade de intensificar a vacinação, tanto de crianças quanto de mães, como estratégia fundamental para prevenir doenças respiratórias, além da atenção redobrada com a dengue e a Covid 19. 

O médico pediatra Ricardo Gurgel alertou para o aumento da circulação de vírus respiratórios neste período do ano, impactando principalmente em bebês menores de seis meses. “Para proteger nossas crianças é fundamental que o ambiente ao seu redor seja seguro. Isso significa garantir altas coberturas vacinais para todas as doenças imunopreveníveis. Os pais, avós, tios e demais familiares também devem estar com as vacinas em dia, pois são potenciais transmissores de vírus”, enfatizou o especialista. 

Ainda segundo Gurgel, embora não exista vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a imunização contra Covid 19 e a gripe é crucial para reduzir complicações graves. “O Sistema Único de Saúde (SUS) já dispõe de estrutura para o atendimento, mas a colaboração da população é essencial para evitar um aumento expressivo nos casos de doenças respiratórias graves”, pontuou. 

Outro ponto discutido foi a plataforma de teleorientação, um serviço que acontece em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa). A previsão é que a ferramenta fique disponível nos próximos meses, facilitando o acesso da população a orientações médicas e reduzindo a sobrecarga nas unidades de saúde. 

Síndromes respiratórias 

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) afeta especialmente crianças, com predominância dos vírus Influenza A e B, além do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Essas infecções comprometem as vias aéreas e resultam em uma alta demanda por atendimentos pediátricos, aumentando a taxa de internação. 

Diante desse cenário, a SES reforça a importância da vacinação e do cuidado com sintomas gripais. Em caso de febre, tosse, falta de ar ou outros sinais de infecção respiratória, a recomendação é procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento adequado. 

Com planejamento estratégico e ações preventivas, o Estado se antecipa para minimizar os impactos da sazonalidade de doenças e proteger a população, especialmente o público infantil.

Fotos: Valter Sobrinho

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