Mulheres que amamentam os filhos até um ano tem 26% de risco a menos de desenvolver câncer de mama
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), por meio do Banco de Leite Humano Marly Sarney (BLH), aproveita a campanha do Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção do câncer de mama, para orientar as mulheres sobre a importância da amamentação. Mães que amamentam os filhos no peito até um ano têm menos chances de desenvolver tumores na região mamária, o que reduz as chances de desenvolver o câncer de mama.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o risco de surgimento de câncer de mama é 22% menor, quando comparado às mulheres que nunca amamentaram. E quando a mulher amamenta até um ano, essa chance pode aumentar para 26%. Segundo a gerente do BLH, a nutricionista oncológica Míriam Duarte, mulheres que amamentam podem reduzir o risco de câncer de mama devido ao processo que ocorre durante a amamentação. “Há uma renovação de células que poderiam ter lesões no material genético, diminuindo assim as chances do câncer de mama na mulher. Quanto mais tempo a mulher amamentar, melhor. O ideal é que ela amamente pelo menos um ano em cada gestação. Isso não quer dizer que ela não possa desenvolver, mas diminui o risco”, enfatizou.
Prevenção
Míriam informou ainda que estudos realizados nesta área mostram que a criança amamentada no peito melhora o sistema imunológico e previne várias doenças, como câncer, obesidade e diabetes. “A criança que mama, além de aumentar a imunidade, também melhora todo o processo metabólico, pois há um risco menor de desenvolver obesidade e, consequentemente, diminui o risco de ter câncer de mama no futuro”, reforçou.
A gerente informou que a mulher que teve câncer de mama em um seio e teve a cura pode amamentar na outra, que não houve nenhum tipo de doença. “Se foi feita radioterapia ou cirurgia reparadora, fica um pouco mais difícil, porque pode ter afetado algumas glândulas mamárias, dificultando na produção de leite humano dessa mama que foi operada. Porém, se ela está em tratamento quimioterápico ou radioterápico, não pode amamentar”, detalhou. Para a nutricionista, é importante salientar que toda mulher lactante deve ter uma alimentação saudável e equilibrada. “Ela deve estar bem hidratada, consumir líquidos, principalmente água, para ter uma boa produção de leite”, concluiu.
Importância
Para a jornalista Fernanda Sales, mãe de Sofia, de oito meses, amamentar é importante tanto para a saúde da mãe quanto do bebê, porque, além de ajudar a fortalecer a imunidade do bebê, previne diversas doenças e alergias. Amamentar também faz muito bem para a mãe, prevenindo doenças como o câncer de mama. “Eu já sabia da importância da amamentação antes mesmo de ser mãe. Desde que engravidei, comecei a pesquisar mais sobre o assunto, e tudo foi essencial para que a minha experiência com a amamentação fosse tão positiva, pois era algo que eu desejava muito. Consegui amamentar exclusivamente durante os seis primeiros meses de vida dela e, após este período, continuo amamentando. Pretendo continuar até quando for possível, principalmente nos dois primeiros anos. Amamentar, para mim, é um ato de amor, de entrega, é uma troca mágica entre mãe e filho, uma experiência que jamais vou esquecer”, destacou Fernanda.
Fotos: Erick O’Hara | Ascom SES
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