Saúde sexual e mental do homem são temas de palestras na Secretaria de Estado da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou na manhã deste dia 26, ações da campanha do Novembro Azul, “Cuide-se Sem Preconceito”, idealizada pela Ascom em parceria com o Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador (NAST), Núcleo Estadual de Educação Permanente em Saúde (NEEPS) e Vigilância em Saúde, através do gerente do Programa IST/AIDS, Almir Santana. 

Os homens da SES tiveram a oportunidade de aferir a pressão arterial e desfrutar da irreverente palestra “Saúde Sexual do Homem” com o médico Almir Santana, profissional referência na temática IST/AIDS em Sergipe. “Fiquei muito feliz por ser a primeira vez que falo para os homens aqui na SES sobre o Novembro Azul, esclarecendo que o foco do mês não é somente a próstata, é preciso refletir sobre a saúde sexual como um todo. Em relação às ISTs direcionei o foco para a sífilis e AIDS”. 

O especialista disse ter ficado satisfeito com a adesão do público interno da SES ao chamado para a ação formativa, sobretudo, por ter ocorrido no horário de trabalho. Para ele, um momento fundamental para explorar assuntos relativos a cuidados íntimos. “Eu falei sobre higiene íntima, alguns ficaram surpresos quando expliquei que água e sabão previnem o câncer de pênis. Além disso, abordei temas da sexualidade do homem como disfunção erétil e ejaculação precoce, dois temas que preocupam a população masculina e que, nem sempre, estão conectados com doença, ou seja, o estresse e a ansiedade podem  ser fatores que geram essas reações. Por fim, fiz dinâmicas para explicar como utilizar a camisinha masculina e feminina. Estou muito feliz com o resultado, eles participaram muito, estavam bem atentos”, relata Almir. 

Na sequência, aconteceu uma roda de conversa conduzida pelo psicólogo clínico do NAST, Demétrio Reis, que ampliou a temática da saúde sexual abordando as questões de gênero. De acordo com o profissional da SES, falar sobre igualdade de gênero é compreender como se constrói a masculinidade e, consequentemente, a relação do homem com a  saúde e o cuidado. 

“De modo geral, os homens priorizam suas realizações, geralmente pensando em conquistas materiais, suprimindo as questões de cuidado com a saúde física e mental. Por isso, muitas vezes, desenvolvem problemas relacionados  com questões alimentares ou emoções com o surgimento de doenças psicossomáticas. A falta de investimento no cuidado leva os homens, infelizmente, a altos índices de adoecimento, a ter doenças cardiovasculares, sofrerem acidentes e violência”, salienta Demétrio. 

Para o psicólogo do NAST, a dificuldade em materializar a sexualidade, pode ser explicada por questões que acompanham os homens desde a fase inicial de suas vidas. “Acredito que pela formação que tivemos ou temos no ambiente familiar, falar sobre sexo, alcool e outras drogas, muitas vezes, por questões de crenças, valores, religiosidade gera tabu.  Na família pode não haver essa abertura para falar sobre o tema para além do aspecto biológico, abordando a higiene, por exemplo, as mulheres desde cedo são estimuladas ao cuidado, na primeira menstruação a menina é levada ao ginecologista. Os meninos, por sua vez, na primeira ejaculação não são levados a um profissional de saúde para serem orientados, é preciso conhecer esses cuidados, pois, podem evitar câncer de pênis e outras doenças. O homem demora muito a pensar nessa relação de cuidado com a saúde, achando que é inabalável, quando procurar um serviço de saúde, já é na especialidade, ou seja, para tratar algo e não na atenção básica, de forma preventiva”, destaca. 

Esse também é o pensamento de Sérgio Fernandes, Assessor Técnico no Recursos Humanos da SES, ele estava na plateia atento aos ensinamentos compartilhados e atribui também à cultura da sociedade, o receio que muitos homens possuem em relação ao cuidado com a saúde. “O machismo afasta os homens dos consultórios, principalmente, existe muito preconceito em relação ao exame de próstata. Eu sempre faço o PSA, que é o de sangue e estou me preparando para fazer o exame de toque também, pois, eu sei que é importante para o diagnóstico da doença”, fala com consciência Sérgio. 

A Secretaria de Estado da Saúde quer justamente que os homens compreendam a importância de olhar sem preconceito para os serviços oferecidos na atenção primária e especializada. É fundamental que a população masculina de Sergipe saiba que existe uma rede preparada para acolher de maneira humanizada e respeitosa, por isso, jogue fora o preconceito e faça da prevenção a sua melhor escolha. 

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