Secretaria da Saúde reforça cuidados para evitar acidentes com escorpiões

Até o momento, foram registrados 2.232 acidentes por picada de escorpião no estado

Com a expansão urbana e as altas temperaturas, o aparecimento de escorpiões costuma aumentar durante esse período. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça à população alguns cuidados específicos a fim de evitar a presença desses animais peçonhentos nas residências. 

Conforme aponta o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), até o mês de outubro, foram registrados 2.232 acidentes por picada de escorpião. De acordo com a médica veterinária e referência técnica do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos, Ana Paula Barros, é muito importante fazer o controle e ter os cuidados necessários. “Os escorpiões preferem locais quentes e úmidos e necessitam de alimento, água, abrigo e acesso. O lixo atrai baratas, que servem de alimentação. Além disso, eles procuram entulhos e se infiltram em redes de esgoto, tubulações de água e de energia, que são ambientes mais escuros e úmidos”, explicou. 

Em Sergipe, existem duas espécies de interesse na saúde pública: o escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus) e o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus). Ao encontrar o animal peçonhento em casa, é preciso se precaver antes de tomar qualquer atitude. “As pessoas nunca devem manusear os escorpiões. Caso seja necessário, o animal deve ser manuseado com um graveto longo ou pinça, para empurrá-lo para dentro de um frasco. Em seguida, o escorpião deve ser levado para a Vigilância Epidemiológica ou para o Centro de Zoonoses do município”, orientou Ana Paula. 

Medidas preventivas

Algumas medidas preventivas são necessárias, como cuidar de ambientes residenciais, seja casa ou apartamento, mantendo-os limpos e sem acúmulo de lixo, entulho, folhas secas e materiais de construção. Qualquer buraco no chão ou na parede pode ser um esconderijo, e até mesmo roupas sujas ou molhadas espalhadas pelo chão podem servir de abrigo para os escorpiões.

O que fazer em caso de picada

Os acidentes podem ser leves, moderados ou graves. Nas pessoas, o veneno é capaz de afetar o sistema nervoso, causando muita dor no local da picada. A orientação é que, após a picada, o local seja lavado com água e sabão. Tamém é necessário buscar atendimento médico. 

Quanto ao tratamento, quando indicado, é realizado através do uso do soro antiescorpiônico. “O serviço é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível nos hospitais públicos de referência. Para orientação, a pessoa pode se dirigir à unidade de saúde mais próxima ou para a Vigilância Epidemiológica do município. Para informações a respeito do que fazer diante do acidente, é possível entrar em contato pelo telefone do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Sergipe (Ciatox), no número 0800-722-6001”, informou a médica veterinária.

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