A Secretaria de Estado da Saúde (SES), a partir da gerência de doenças transmissíveis e em parceria com a Funesa, promoveu na manhã desta quinta-feira, 28, a ‘Capacitação no Diagnóstico e Acompanhamento Clínico das Hepatites Virais na Atenção Primária’. O evento foi proposto dentro das ações do julho amarelo, mês de combate às hepatites virais.
O auditório da Faculdade Pio X, campus Jabutiana, recebeu cerca de 140 trabalhadores da saúde, dentre eles médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS). “A finalidade é orientar profissionais da APS sobre o manejo e condução dos casos de hepatites virais. Por isso, nessa manhã teremos momentos de conversa sobre o perfil epidemiológico, transmissão vertical, marcadores, perfil clínico dos pacientes e finalizaremos com a prevenção combinada com ênfase nas hepatites. A hepatite é uma doença silenciosa e está crescendo, porém, há uma meta do Ministério da Saúde de eliminá-la até 2030”, detalha Silvana de Barros, enfermeira e responsável técnica pelas hepatites virais na SES.
O médico do Hospital da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) e do Centro de Atenção à Saúde de Sergipe, Maurício Soares Pacheco, trouxe em sua abordagem questões relativas ao diagnóstico e aspectos clínicos da doença. O profissional ofereceu aos presentes, orientações sobre a condução dos casos na Atenção Primária. “A hepatite é um problema de saúde pública no mundo e envolve mortalidade, ela pode evoluir para uma doença crônica, cirrose e câncer de fígado, ou seja, tem desdobramentos e consequências ruins”, enfatiza.
O palestrante destacou algumas medidas que são fundamentais para coibir as hepatites virais. “É preciso que as pessoas entendam que existem meios de prevenção como as vacinas para hepatites A e B. A primeira coisa é informar ao paciente como se proteger para não pegar a doença, evitando novos casos é quebrada a cadeia de transmissão. Além disso, existem tratamentos, identificar o paciente precocemente é um meio de tratar e evitar que evolua para doenças mais graves”, salienta Maurício.
O médico Almir Santana também conduziu uma das rodas de conversa, correlacionando as hepatites virais à prevenção combinada. “A prevenção anteriormente era focada na camisinha, mas hoje temos outras formas também. O paciente que está fazendo o seguimento da Profilaxia pré-exposição (PrEP) ou a Profilaxia Pós-exposição (PEP) ao HIV, por exemplo, precisa fazer exames de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Nesse momento, caso seja reagente para hepatites, fazemos a orientação sobre o tratamento”, explicou.
Na plateia, o médico Aderson Primo estava atento às orientações dos colegas palestrantes. “É muito importante um evento dessa natureza, pois, qualifica ainda mais as equipes de saúde e, assim, podemos melhorar o diagnóstico. Estas são orientações que nos ajudam a realizar tratamento e acompanhamento dos pacientes com maior qualidade. É uma atualização necessária sobre o tema das hepatites virais”, compartilha.
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