Desde 19 de janeiro de 2021, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou a distribuição e vacinação do imunizante para os 75 municípios sergipanos, totalizando 5.679.353 doses aplicadas
O dia 19 de janeiro representa um marco para o estado de Sergipe. Nessa data, há dois anos, o primeiro sergipano recebia a imunização contra a Covid-19. Até o momento, um total de 5.679.353 doses foram aplicadas, o que corresponde a quase 90% da população vacinada com a primeira dose.
Apesar do avanço, é extremamente importante que as pessoas compareçam às unidades básicas de saúde (UBS) para receberem as doses de reforço, já que apenas pouco mais de 62% dos sergipanos maiores de 12 anos foram tomar a primeira dose de reforço da vacina.
O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, ressalta que o índice positivo foi alcançado devido ao trabalho realizado desde o início da pandemia e à logística de envio dos imunizantes para os 75 municípios do estado, possibilitando a imunização por grupos prioritários e faixa etária.
“Hoje vivemos um outro momento, temos um maior conhecimento da doença, como ela se comporta e novas habilidades de enfrentar e tratar. Apesar da população também estar mais esclarecida, há uma baixa procura pela imunização. Então, é sempre bom reforçar essa necessidade de que temos que continuar nossos trabalhos para que a ampliação seja ainda maior”, frisou.
Walter espera que o processo de vacinação contra a Covid-19 se dê de forma semelhante ao que já acontece com outros vírus, como da Influenza, com campanhas anuais de ajustes das vacinas. “Convivemos com a sazonalidade comum aos outros vírus e agora da covid-19. A vacinação, com certeza, é a arma contra a doença e a esperança de tempos melhores”, finaliza.
Imunização
A enfermeira Suziani Soares, que atuou na linha de frente e era lotada no Hospital Regional de Glória, relembra o momento em que recebeu a primeira dose da vacina. “Foi um dia muito especial. Vivenciamos muito sofrimento, muitas mortes, histórias muito tristes de famílias. Nossa equipe era como a nossa família, sempre havia o apoio entre nós. Quando fui vacinada, o sentimento foi de esperança, início do fim do que estávamos vivendo. A partir daquele momento as coisas iriam mudar, e mudaram. Nossa equipe viu o fluxo de casos baixar gradativamente. Só tenho a agradecer ao SUS e a todos que viveram esse momento comigo” relata a enfermeira.
No entanto, com os avanços da vacinação, houve uma queda no que se refere aos números de óbitos, internações e de casos novos. O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, salienta que as fake news permitiram que uma parcela da população não tenha procurado a imunização.
“Um dos desafios do período de vacinação foram as fake news, que falavam sobre a não eficácia das vacinas, trazendo confusão e desinformação. Durante o processo, os estudos envolvendo os imunizantes comprovaram a eficácia e segurança dos imunobiológicos, mas com um tempo houve a necessidade de acrescentar uma dose de reforço”, explica o infectologista.
Trajetória da vacinação
A corrida para a imunização dos sergipanos contra a covid-19 se concretizou em 19 janeiro de 2021, quando foi iniciada a vacinação. Antes disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já articulava com o Ministério da Saúde (MS) e com os 75 municípios que compõem o estado para alinhar todo o processo. A vacinação chegava naquele momento como a principal esperança de vencer o inimigo invisível, o coronavírus (SARS-CoV-2).
O primeiro imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e enviado pelo Ministério da Saúde a todos os estados, inclusive para Sergipe, foi a vacina Coronavac (atualmente produzida pelo Butantã). Depois, outras vacinas, como a Astrazeneca, Pfizer e Janssen, também foram incluídas na vacinação contra a Covid, em todo o país.
Como os idosos faziam parte da população mais vulnerável à doença, o Plano Nacional de Imunização, elaborado pelo Ministério da Saúde, de início priorizou tanto esse público como os profissionais de saúde que estavam trabalhando nas unidades de saúde.
Com o passar do tempo, algumas populações foram contempladas com a vacinação, a exemplo dos índios aldeados, pessoas em situação de rua, trabalhadores da educação superior, quilombolas, pessoas com deficiência permanentes, lactantes, gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades e outros. O estado também vacinou por faixa etária, começando pelos mais idosos até os pré-adolescentes de 12 anos.
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