Evento teve como objetivo capacitar os profissionais da área de saúde dos municípios para o acompanhamento mais eficiente dos casos da doença
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) e a Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu nesta terça-feira, 22, uma oficina voltada à avaliação e monitoramento dos indicadores da hanseníase no estado. O evento teve como objetivo capacitar os profissionais da área de saúde dos municípios para o acompanhamento mais eficiente dos casos da doença, reforçando a importância de ações contínuas e eficazes no controle da hanseníase.
A oficina reúne profissionais de diferentes regiões do estado, com a expectativa de que os conhecimentos adquiridos contribuam diretamente para a qualificação dos serviços de saúde prestados à população sergipana.
Segundo o fisioterapeuta do Programa de Hanseníase da SES, Paulo Autran Leite Lima, o momento foi pensado para compartilhar os resultados alcançados com os municípios e discutir as ações a serem realizadas em 2025 para o enfrentamento da hanseníase. “Estamos aqui hoje para mostrar os indicadores da hanseníase aos municípios. O objetivo é dar uma visão ampla do que foi feito durante o ano e possibilitar que os gestores locais aprimorem suas ações”, explicou.
Ainda de acordo com o fisioterapeuta, um dos pontos centrais da oficina foi a apresentação da estratégia para o enfrentamento da hanseníase de 2024 a 2030, que traz em um dos seus pilares a assistência integral à pessoa acometida pela hanseníase, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) que orienta o manejo clínico da hanseníase nos municípios. “Os pilares da estratégia salientam a importância da busca ativa de casos novos garantindo assim um tratamento adequado, acompanhamento eficiente e em tempo oportuno. É essencial que os municípios sigam esses direcionamentos para alcançar os melhores resultados no controle da doença”, destacou Paulo.
O enfermeiro e representante da vigilância epidemiológica de Campo do Brito, Edenilton Bispo, participou da capacitação e ressaltou a importância da troca de experiências entre os profissionais. “Essa capacitação é extremamente valiosa, pois nos permite implementar técnicas inovadoras e aperfeiçoar o trabalho em equipe. Mesmo com um índice relativamente baixo de casos, não podemos deixar de dar a devida atenção a essa doença”, afirmou.
Segundo a coordenadora da vigilância epidemiológica de Frei Paulo, Érica Alves, a oficina é uma oportunidade para expandir o conhecimento e melhorar os indicadores locais. “Esses momentos são importantes para avaliarmos o que já fizemos e identificar o que pode ser aperfeiçoado, sempre buscando reduzir os índices da hanseníase no nosso município”, explicou. Érica também mencionou a importância do trabalho conjunto da equipe multidisciplinar para garantir que o tratamento seja realizado de forma integral, desde o diagnóstico até a conclusão do tratamento.
Fotos: Nucom Funesa
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