SES realiza oficina sobre estratificação de risco em saúde mental na Atenção Primária à Saúde

Foram qualificados os profissionais da Equipe de Saúde da Família, eMulti, para estratificar risco em saúde mental do usuário atendido na APS

Profissionais da saúde que atuam na linha de frente do Sistema Único de Saúde (SUS) participaram, nesta segunda-feira, 9, da oficina sobre Estratificação de Risco em Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde (APS). A ação foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), e reuniu médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e demais profissionais. As oficinas serão por Região de saúde. A primeira contemplada foi a de Itabaiana .

A oficina teve como principais objetivos sensibilizar os profissionais para a importância da estratificação de risco em saúde mental na APS, subsidiar o processo de territorialização da população adscrita e oferecer ferramentas para qualificar a escuta e o encaminhamento de usuários com sofrimento psíquico. A capacitação integra um conjunto de estratégias da SES para ampliar e fortalecer o cuidado em saúde mental nos municípios sergipanos.

Segundo o enfermeiro e consultor da Diretoria de Atenção Primária à Saúde (Daps), Bruno de Andrade, a proposta da oficina é tornar o processo de cuidado em saúde mental mais estruturado e acessível na Atenção Primária. “Estamos sensibilizando os municípios para a importância da estratificação de risco, que permite identificar o nível de necessidade de cuidado de cada usuário e encaminhá-lo de forma mais adequada, evitando a subnotificação e a negligência desses casos”, destacou.

Ainda segundo Bruno de Andrade, a iniciativa visa superar um desafio comum nas Unidades Básicas de Saúde (UBS): o acolhimento inadequado de pessoas com sofrimento mental. “A APS é a porta de entrada do SUS, mas muitos profissionais ainda não têm o preparo necessário para reconhecer sinais de sofrimento psíquico, o que impacta diretamente no cuidado ofertado”, explicou.

A responsável técnica em Saúde Mental e Saúde Prisional da SES, Rita Trindade, reforçou que a oficina faz parte de um planejamento mais amplo da secretaria para o ano de 2025, com foco na qualificação da atenção à saúde mental. “Pensamos três ações estratégicas diante do crescimento dos atendimentos relacionados à saúde mental na APS, que hoje já ocupa o terceiro lugar, atrás apenas da hipertensão e diabetes. Nosso objetivo é ajudar as equipes a identificar quais casos podem ser acompanhados na APS e quais devem ser direcionados para os especialistas ou para a Rede de Caps”, detalhou.

Ainda de acordo com Rita Trindade, a formação inclui profissionais das equipes de saúde da família, da saúde prisional e representantes da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). “Toda a rede precisa compreender essa nova proposta da APS, que assume um papel mais ativo na identificação e manejo dos casos de sofrimento mental desde o primeiro contato do usuário com o sistema”, acrescentou.

Para o enfermeiro Gustavo Rodrigues, que atua em Areia Branca, município do agreste do estado, a capacitação representa uma oportunidade de aprimoramento prático. “Lidamos diariamente com pacientes que apresentam queixas físicas associadas a questões emocionais. Como sou recém-formado, essa oficina me ajuda a entender melhor como identificar essas demandas e compartilhar esse conhecimento com minha equipe”, relatou.

Fotos: Nucom Funesa

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