“É necessário conscientizar as pessoas, esclarecer e abrir espaços para falarmos sobre suicídio. É preciso deixar que as pessoas possam falar sobre o seu sofrimento, e isso pode trazer alívio e conforto”, é o que destaca a Referência Técnica da Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde (DAPS) da Secretaria do Estado da Saúde (SES), Carlos Galberto.
É necessário levantar a discussão a respeito do suicídio e as possíveis formas de evitá-lo, bem como, sobre a relevância de como identificar alguém que precisa de ajuda e tratamento. “Ainda existe muito tabu sobre o tema e só com as informações corretas conseguiremos conscientizar as pessoas de que o suicídio pode ser evitado. Precisamos informar a todos como ajudar, e agindo podemos salvar vidas”, enfatiza a referência técnica.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), promovem anualmente a campanha do Setembro Amarelo.
Carlos Galberto salienta que o suicídio é um problema grave de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser evitado. “É importante que as pessoas procurem ajuda especializada para receberem acolhimento e encaminhamento para o tratamento adequado. Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio”, diz.
Fatores de risco e sinais de alerta
Segundo, o Ministério da Saúde não há como detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, mas ela pode dar alguns sinais que devem chamar atenção da família, de amigos, de colegas de trabalho e de pessoas da sua convivência.
“A pessoa pode apresentar sinais como isolamento social, abuso de álcool e outras drogas, mudanças bruscas de humor, diminuição do autocuidado e até automutilação. Esses sinais, especialmente quando se manifestam constantemente, requerem atenção especial”, enfatiza Carlos.
As campanhas além de trazerem esse tema à tona, também disponibilizam informações e opções de tratamento para o público, com o intuito de diminuir o tabu que faz com que muitas pessoas evitem conversar sobre suicídio e buscarem ajuda.
O profissional chama atenção de toda a sociedade, escolas e unidades de saúde para prevenir e evitar esse quadro principalmente durante o período de isolamento social que levou um elevado número de pessoas a desenvolver problemas emocionais, incluindo a depressão, “estejam alertas e preparados para reconhecer sinais e tomar as devidas providências com rapidez e segurança”, diz.
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