A doação do leite humano é essencial  para as crianças prematuras de baixo peso que estão internadas e cujas mães não podem amamentar

O Banco de Leite Humano Marly Sarney (BLH), unidade ligada à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), é referência para bancos de leite em Sergipe e atua como intermediário entre as mães que desejam doar e os recém-nascidos internados na MNSL. Ele presta assistência aos bebês, orienta as mães que têm dificuldade no manejo da amamentação e realiza a captação de leite para pasteurizar e entregar à MNSL.

O BLH encontra-se com baixo estoque. No mês de agosto, houve o movimento do Agosto Dourado, mês de incentivo à doação, e, como resultado da campanha, o número de doadoras aumentou para 83. Já em setembro, este número caiu para 73.

Diante desse cenário, a coordenadora do Banco, Bárbara Reis, salienta a necessidade da doação para atender às crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin). “Quando começa a se aproximar o momento festivo de final de ano, as doações sempre caem. Então fazemos uma mobilização perante à sociedade, para que as mães que têm excesso de leite e tenham vontade de ajudar sejam doadoras”, enfatizou a coordenadora. 

De acordo com a nutricionista e responsável técnica do BLH, Miriam Duarte, a maternidade necessita de pelo menos dez litros de leite por dia, sendo 300 por mês. “Conseguimos cerca de 30% do total, então são priorizados os bebês da Utin. Dessa forma, os recém-nascidos mais críticos e prematuros conseguem receber o leite humano pasteurizado”, explicou.

Ainda segundo Miriam Duarte, o leite humano é o alimento mais completo que o bebê precisa. “A proteína do leite humano é de mais fácil digestão, contém gordura poliinsaturada e carboidratos como fonte de energia, além de vitaminas e minerais como cálcio e fósforo, que auxiliam na recuperação e desenvolvimento da criança. Quando o recém-nascido da Utin utiliza o leite humano, sua recuperação é mais rápida, diminuindo o tempo de internação”, acrescentou.

Doação

A micropigmentadora Talita Batista, de 36 anos, mãe de três filhos, é doadora, e seu último bebê está com seis meses. Para ela, é gratificante saber que pode alimentar outro bebê além do seu de forma responsável. “Para mim, doar leite é um ato de amor. Desde o primeiro filho, sempre tive muito leite. Quando recorri ao banco de leite para me ajudar com a demanda da amamentação, conversando com as profissionais, descobri que poderia doar, então não pensei duas vezes. Muitas crianças precisam. Leite materno é ouro líquido”, declarou.

A Rede Sergipana de Bancos de Leite Humano e Postos de Coleta é composta pelos BLH Zoed Bittencourt, em Lagarto, BLH Irmã Rafaela Pepel, em Itabaiana, e os postos de coleta Dr. Fernando Guedes, na Maternidade Santa Isabel, e o da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, ambos em Aracaju.

Para doar, basta entrar em contato com o BLH por meio do número de telefone (79) 3226-6301, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, e manifestar a intenção de colaborar, ou comparecer à Rua Mato Grosso, no bairro José Conrado de Araújo, em Aracaju. O Banco de Leite também presta o serviço de ‘Rota’, por meio do qual os profissionais buscam o leite semanalmente na residência da doadora, para que ela não precise se deslocar até o BLH.

fotos: Flávia Pacheco

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