Os bebês assistidos no Ambulatório de Retorno Maria Creuza de  Brito Figueiredo, anexo da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), receberam na manhã da última segunda-feira, 24, o medicamento palivizumabe fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As doses previnem contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que pertence ao gênero Pneumovirus, um dos principais agentes de uma infecção aguda nas vias respiratórias, que pode afetar os brônquios e os pulmões.

A médica Ângela Marinho Barreto Fontes, explica que Palivizumabe não é uma vacina, mas uma imunoglobulina, um anticorpo monoclonal pronto, medicamento destinado à prevenção de doenças graves do trato respiratório inferior, causadas pelo VSR em pacientes pediátricos com alto risco e devem ser ministrados em cinco doses, começando em fevereiro e terminando em julho. “O vírus sincicial respiratório causa bronquiolite em crianças pequenas, principalmente, abaixo de seis meses, e o restante pode adquirir até 2 anos”, disse a médica. A substância é destinada a prematuros de até um ano de idade e crianças até os dois anos que nasceram com baixo peso. A finalidade é minimizar os sintomas da patologia, reduzindo em até 55% as internações em situações graves.

Ela ressalta que o vírus é muito perigoso para crianças que têm problemas de saúde, tipo as cardiopatias com repercussão pulmonar. Segundo relata, se as crianças tiverem o contato com o vírus podem ser afetadas gravemente, chegando até o óbito. O risco também é grande em bebês com broncodisplasia devido a prematuridade, sobretudo, nos considerados prematuros extremos, ou seja, que nasceram até 28 semanas. 

A médica Ângela explica que a vacinação é feita durante o período em que o vírus circula. “Ele tem um período sazonal e circula de março a julho, então, da última semana de fevereiro até a última semana de julho aplicamos, pois, o anticorpo protege durante o mês. A medicação é dada pelo SUS, aqui fazemos uma avaliação dos critérios e temos uma otimização para não perdermos remédio. As doses são dadas com base no peso da criança”, descreve.

Segundo a gerente  do Ambulatório de Seguimento da MNSL, Catharina Correa Costa,  já está  próximo o momento  de finalizar mais uma sazonalidade do Palivizumabe nos pacientes do Ambulatório. “A boa adesão se deve à sensibilização dos genitores quanto à necessidade de comparecer às aplicações mensais e à correta atuação dos pediatras. Todo o trabalho que estamos realizando segue os critérios do Ministério da Saúde”, finalizou a gerente.