A Central de Transplantes de Sergipe, órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou na manhã desta sexta-feira, 03, o 2º Encontro das Comissões Inter-Hospitalares para Doação de Órgãos e Tecidos, no auditório do Centro Administrativo da Saúde. O objetivo foi o de mostrar a importância destas equipes no processo do transplante e mais de perto na captação de órgãos, bem como enfatizar a poder que elas têm, embora desconheçam, segundo informou o coordenador da Central de Transplantes, Benito Fernandez.

As Comissões Inter-Hospitalares para Doação de Órgãos e Tecidos são a base do processo, segundo avalia Benito Fernandez, considerando que elas atuam dentro das unidades hospitalares públicas, privadas e conveniadas, com acesso mais fácil aos profissionais, devendo trabalhar com eles o diagnóstico de morte encefálica e a importância da entrevista e preparação da familiar para a doação de órgãos.

“A família precisa ser acolhida, ter uma atenção humanizada para que ela se predisponha a autorizar a doação. Às vezes os familiares não são bem tratados e, como resposta a esse descuido, recusa fazer a doação. E quem é penalizado? Quem está na fila de transplante”, ponderou o coordenador, salientando a necessidade de se disseminar junto à sociedade as informações acerca do processo, considerando que as chances de uma pessoa precisar de transplante é quatro vezes maior do que a de ser doador.

Laboratório

Fernandez informou que em breve o governo implanta em Sergipe o transplante hepático e anunciou para o final de dezembro a inauguração de um laboratório de histocompatibilidade, imprescindível para o procedimento renal. “É um marco histórico que irá impactar na redução do tempo em que o órgão fica fora do corpo, melhorando a qualidade do transplantes e isso é muito importante”, observou Fernandez.

A responsável técnica substituta pelo Laboratório Histocon, Ana Cristina do Rego Barros Braga, participou do encontro para falar às comissões sobre a unidade laboratorial, sua função e os benefícios que serão agregados ao processo de transplantes e ao transplantado. Atualmente, Sergipe trabalha com laboratórios de outros Estados.

“A presença do laboratório em Sergipe vai dar agilidade aos exames, manter os pacientes em uma lista estadual e garantir que os órgãos aqui captados permaneçam no Estado em benefício dos pacientes sergipanos. Isso é um ganho enorme, já que concorrer com uma lista nacional torna mais difícil o transplante”, declarou a responsável técnica substituta.

Segundo ela, o Histocon irá realizar os exames pré-operatórios do candidato ao transplante e proceder ao seu acompanhamento após o procedimento. Destacou que, embora seja um laboratório privado é conveniado com o Sistema Único de Saúde (SUS), que arca com 100% dos custos do transplante.

Fotos: Flávia Pacheco

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