Integrantes conheceram as instalações e os serviços oferecidos pela unidade que atende crianças e adolescentes em situação de violência sexual 

Membros do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Criança e Adolescente realizaram uma visita técnica ao Centro de Referência em Atendimento Infanto-Juvenil (Crai), na quinta-feira, 2. O objetivo foi conhecer as instalações e os serviços oferecidos pela unidade que atende crianças e adolescentes em situação de violência sexual. O grupo foi recebido pela superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Lourivânia Prado. Integrante do Fórum Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente, o advogado Paulo Machado confessou ter grande expectativa com relação à reativação do comitê, órgão que, entre as suas atribuições, dará suporte aos serviços prestados pelo Crai e a toda rede de proteção à infância e à adolescência.  “Nosso trabalho terá como pilares a prevenção e a informação, especialmente no que se refere à educação sexual e, quando falamos nessa temática, não estamos nos referindo a sexo, mas a levar informações ao público infanto-juvenil sobre o que pode e o que não pode sobre seu corpo. Sabemos que 90% dos casos de violência sexual acontecem dentro de casa, então eles precisam estar informados sobre esse tema”, disse Machado. Ele defende que os serviços integrados do Crai sejam expandidos para todas as regiões do estado.  FortalecimentoPara a superintendente da MNSL e coordenadora do Crai, Lourivânia Prado, o retorno do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Criança e Adolescente é importante no fortalecimento da informação, do acesso, do cuidado, da proteção junto à Rede de Atenção do Estado, em todos os seus níveis, como escolas, a creches, serviços de saúde, assistência social e delegacias.  “Vejo esse retorno como um ponto positivo, pois servirá de elo de comunicação entre a rede e o Crai como matriciador, como fonte de referência para qualquer dúvida. Esse fortalecimento só soma na qualidade da assistência às vítimas que precisam de um cuidado direcionado”, reforçou Lourivânia Prado. A advogada e ex-membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Glícia Salmeron integrou a equipe de visitação e avalia que é urgente a reativação do comitê para que possa trabalhar em parceria com o Crai e a sociedade civil no enfrentamento à violência sexual contra criança e adolescente. “O papel da sociedade civil é controlar, mobilizar e articular para que os municípios implantem e implementem as políticas públicas prioritariamente voltadas para o atendimento de crianças e adolescentes vítimas de todos os tipos de violência, sobretudo nesse recorte de violência sexual”, atestou. ConquistaPara Glícia Salmeron, o Crai representa uma grande conquista para a saúde pública do estado de Sergipe, mas também e a demonstração de que a responsabilidade social pode ser utilizada de forma eficaz, em benefício da sociedade, repercutindo na execução das políticas por meio de equipamentos como o Crai, que faz o atendimento de forma integrada, possibilitando que os atendimentos apresentem resultados muito mais positivos.

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