Campanha busca incentivar o cadastro e alcançar novos doadores de medula óssea

Sergipe tem 51.392 pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea  (Redome). Para incentivar a adesão ao cadastro, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) realizou, na terça-feira, 7, um mutirão no Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), em Aracaju.

O Redome reúne as informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. 

A gerente de Ações Estratégicas do Hemose, Rozeli Dantas, avalia como importante a coleta realizada na ação promovida pelo Hemose. “Nós conseguimos realizar 83 novos cadastros, graças a essa parceria com a universidade. As instituições de ensino são importantes parceiros do Hemose e ajudam incentivando e mobilizando seus públicos para se tornarem futuros doadores de medula óssea”, salientou.

A estudante de Educação Física Nicole Santana Santos relatou que seu interesse pelo cadastro se deu após ver, nas redes sociais, pedidos de pacientes que buscam encontrar um doador  compatível. “Acho que podemos ajudar a partir do momento que nos colocamos no lugar do outro”, destacou.

Kaua Lima, estudante de Odontologia, conta que gosta de ajudar, e como já é doador de sangue decidiu ajudar fazendo o cadastro para medula óssea. “Meu desejo é poder salvar a vida de uma dessas pessoas que precisam do transplante da medula”, disse.

Transplante da medula

De acordo com a coordenadora técnica do Hemose, a médica oncohematologista Lourdes Alice Marinho, o transplante de medula é um procedimento indicado para pacientes com leucemias (câncer de medula óssea), linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral dos gânglios e do baço e anemias graves (adquiridas ou congênitas), dentre outras enfermidades.

“As chances de encontrar um doador compatível aparentado é de 25%, e fora da família uma em cem mil. Então quem faz a adesão a esse cadastro está dando uma chance de cura para algum paciente que aguarda realizar o procedimento”, destacou a médica.

Como funciona

O cidadão interessado em realizar a adesão ao Registro Nacional de Doadores pode comparecer ao Hemocentro de Sergipe no horário de expediente regular, de segunda a sexta, das 7h30 às 17 horas. Na recepção, a pessoa preenche um formulário com informações pessoais e em seguida é encaminhada para coleta de uma amostra com 5 mililitros de sangue, que é enviada para exame de Histocompatibilidade – HLA, teste que estuda as características genéticas do voluntário cadastrado.

Após as análises, esse resultado é inserido no banco de dados do Redome. As informações são cruzadas com o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), para pesquisa de compatibilidade entre doador e receptor. As análises e o acompanhamento dos registros são coordenados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Critérios para se cadastrar

É preciso ter idade entre 18 a 35 anos, estar bem de saúde, não ter contraído hepatite após 11 anos, não ter feito quimioterapia ou radioterapia e nem ser portador de doenças autoimunes, como lúpus. Pessoas dependentes de insulina não podem ser doadores de medula. Mais informações nos telefones: (79) 3225-8000, 3225-8039 e 3259-3174.

Fotos: Ascom SES

O post Estudantes aderem ao cadastro para doador de medula óssea durante ação do Hemose apareceu primeiro em Saúde.