O tema foi debatido por meio de webpalestra destinada aos profissionais que atuam nos municípios de Sergipe

A Fundação Estadual de Saúde (Funesa), por meio do Telessaúde Sergipe, promoveu uma reflexão sobre psicoeducação na Atenção Primária à Saúde (APS), voltada à educação em saúde mental. As informações foram difundidas em atividade educacional, no formato de webpalestra e apresentou aos profissionais e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), a psicoeducação como componente  fundamental no tratamento dos transtornos mentais. 

A médica generalista convidada, Daiana Louise Andrade Silva, explicou que foi de grande importância a discussão focada em implementar a psicoeducação em grupos de apoio a pacientes com transtornos mentais na APS. “Buscamos evidenciar o papel da atenção básica, que é a promoção e prevenção em saúde através de práticas educativas, para que os médicos generalistas componham efetivamente o eixo de cuidado à saúde mental”, disse.

Ela observou que é preciso pensar em conjunto sobre o cuidado da atenção especializada, para que seja possível modificar a cultura de tratamento, buscando atuar em todas as esferas, que deve ser biopsicossocial, como orienta as diretrizes da Sociedade Brasileira de Psiquiatria e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A médica observou que o transtorno de ansiedade causa muito prejuízo à saúde mental, levando ao desequilíbrio. Ela atentou que para lidar com o problema, é preciso entender a necessidade de atuar nas múltiplas causas que favorecem esse estado de desequilíbrio, por isso é preciso estabelecer uma rotina organizada que favoreça a diminuição da procrastinação e diminuir os gatilhos que favorecem a ansiedade. “Com a organização da rotina diária com agenda e horários regulares para os afazeres, a prática de atividade física de pelo menos 30 minutos em cinco dias na semana, o consumo de alimentos saudáveis, a tendência é superar a depressão”, atentou a médica.

Cenário e cuidados

De acordo com a médica, uma das formas de cuidar da saúde mental é ter um sono de qualidade como uma prioridade e duração de sete a oito horas por dia, além de diminuir os ambientes ansiogênicos, aprendendo a escolher a companhia de pessoas mais leves e ambientes saudáveis.

A especialista sugere ainda, atitudes para diminuir o pensamento acelerado como a leitura de um livro, ter estilo de vida simples e usarem as redes sociais a favor da sua saúde mental evitando páginas com notícias de violência, por exemplo.  “É necessário aprender a lidar com a vida e sua rotina, por isso é muito importante não se esquivar dos problemas, mas aprender a enfrentá-los”, concluiu a médica.

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