Com a maior incidência do sol nessa época, as crianças podem ter queimaduras de primeiro grau


Por ser muito sensível, a pele das crianças requer uma atenção especial o ano inteiro. No entanto, durante o verão, esses cuidados precisam ser ainda mais específicos. Quem faz o alerta é o diretor técnico do Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza (HC), médico William Barcelos, unidade de assistência hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

De acordo com ele, as queimaduras podem ser mais frequentes durante o verão e a prevenção é fundamental. “Devemos evitar expor crianças diretamente ao sol nos horários de maior incidência, como das 10h às 15h, e sempre usar protetor solar”, orienta William.

Vale ressaltar que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), até os 6 meses de vida, o uso de protetor solar não é recomendado, uma vez que a pele do bebê absorve mais intensamente o produto. Dessa forma, a orientação da SBD é não deixar o bebê exposto ao sol e, se for necessário, usar protetores físicos, como roupas e chapéu.

Principais cuidados

Na estação mais quente do ano, é comum que as crianças frequentem praia, piscinas e brincadeiras com água. O médico orienta que é necessário tomar cuidado na secagem da pele, principalmente nas dobras, para diminuir a chance de desenvolvimento de doenças micóticas.

Ele ressalta que os cuidados devem ser mantidos por todo o ano, mas, no verão, a atenção quanto à ingestão de líquidos e o uso de protetor solar deverá ser redobrada. “Devemos sempre manter a criança hidratada. Isso aumenta muito a hidratação da pele e a circulação de células de defesa. O recomendado é dar, no mínimo, 30ml de água por quilo durante todo o dia. Outra questão importante é o uso de filtro solar. Mesmo sem programação de exposição solar, é importante a proteção contínua. E uso de repelentes também, pois as picadas de insetos agridem a pele e podem evoluir para infecções bacterianas”, explica William.

Caso seja observado algum problema na pele da criança, o médico orienta que é preciso observar o tipo e o tempo da lesão. “Em casos como queimadura solar, picadas de insetos ou assaduras por uso de fraldas pode ser feito o uso de pomadas específicas, amplamente vendidas no mercado. Mas os responsáveis devem estar atentos ao tempo de evolução, pois com três a quatro dias de uso a lesão deve apresentar melhora. Para as lesões com evolução mais demorada, ou diferentes das cotidianas, um médico deve ser consultado, pois o uso de medicações sem orientação ou receitas domésticas pode piorar o quadro ou ocasionar novas lesões”, ressalta.

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