Curso de capacitação teve como objetivo melhorar a abordagem ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

Com o intuito de qualificar cada vez mais os profissionais da rede estadual de saúde, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou na terça-feira, 12, a segunda parte do curso de capacitação em autismo, que tem como objetivo melhorar a abordagem ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). 

O segundo módulo abordou os ‘Mitos e verdades sobre autismo’. Nos seguintes módulos, serão discutidas as temáticas ‘Como é realizado o diagnóstico do TEA’; ‘O impacto da intervenção precoce’; ‘O papel da família, escola e terapeutas’; ‘O que pode ser feito para gerir o aumento substancial de casos de autismo’, além do assuntos ‘Como melhor lidar com as crianças com autismo’; ‘Comorbidades do autismo: Deficiência Intelectual (DI), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno Desafiador Opositor (TOD) e ansiedade’. 

Para o secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, que esteve presente no evento, essa é uma oportunidade de levar conhecimento aos profissionais. “É uma iniciativa incrível, que proporciona aos profissionais a chance de tirar dúvidas pertinentes e aprimorar o diagnóstico precoce dos pacientes, contribuindo cada vez com um atendimento qualificado”, ressaltou o secretário. 

O neuropediatra Rodrigo Araújo, facilitador do evento, ressaltou a importância de discutir o assunto para qualificar os profissionais da saúde. “É muito importante ampliarmos nossa visão sobre o espectro autista e compartilharmos experiências e dúvidas. É um grande avanço para o estado, mostrando uma preocupação do governo, por meio da SES, com a qualidade na abordagem do autismo”, considerou o neuropediatra. 

Diagnóstico

Pessoas com TEA – que pode ser dividido em três diferentes níveis – podem apresentar alguns sinais, como comportamentos repetitivos, interesses restritos e dificuldade na interação social, e é comum que os sinais apareçam antes dos três anos de idade. Vale ressaltar que o diagnóstico da TEA é essencialmente clínico e dado a partir de uma avaliação especializada, não sendo necessária a realização de tomografia, ressonância ou eletroencefalograma.

Nesse sentido, o evento também teve como intenção promover a qualificação dos profissionais para esse diagnóstico. “É primordial proporcionar esse momento de qualificação aos profissionais do Sistema Único de Saúde, a fim de que eles possam atender as necessidades da população sergipana, promovendo um atendimento qualificado e um diagnóstico preciso”, frisou a coordenadora do Centro de Acolhimento e Diagnóstico por Imagem (Cadi), Jullyana Andrade.

Capacitação

Para o psicólogo Hellison Alves, que participou da capacitação, o evento vem em boa hora para garantir um atendimento de qualidade. “É de fundamental importância a abordagem dessa temática, para que possamos identificar um diagnóstico preciso. Para mim, esse curso contribui ainda mais com o conhecimento e permite lidar da melhor forma com o paciente, seja na Atenção Básica ou no Centro Especializado”, destacou. 

Assim como ele, a nutricionista Nara Oliveira aprovou a capacitação, pois acredita que o contato com pessoas autistas tem crescido cada vez mais. “Por isso, é importante que o profissional esteja se capacitando para entender o próximo. Acredito que esse evento vem justamente para aprendermos cada vez mais com as vivências dos colegas sobre o espectro autista, promovendo ainda mais conhecimento para os profissionais”, disse.

Fotos: Mário Sousa e Flávia Pacheco

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