A iniciativa contou com a participação de pacientes com sequelas de perfil funcional similar após o Acidente Vascular Encefálico 

O processo de reabilitação em pacientes que sofreram um Acidente Vascular Encefálico (AVE) envolve a adoção de um cuidado integral, com um olhar amplo e multidisciplinar para a atuação em diversos aspectos, entre eles o físico, cognitivo, emocional e social. A partir desta realidade, o Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino –  CER IV, equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), desenvolveu o projeto piloto chamado “Avançar, Viver, Enfrentar” – Grupo AVE, voltado para os pacientes neurológicos que apresentam sequelas de perfil funcional similar após o AVE.

A iniciativa teve como principal objetivo fomentar um espaço de reabilitação que promova integração, com incentivo às reflexões, às vivências e à compreensão da saúde enquanto campo biopsicossocial. Além disso, visa proporcionar um ambiente de aprendizagem e de troca de saberes com abordagem multidisciplinar, visando reforçar ou implementar os cuidados diários, exercícios terapêuticos, autonomia e protagonismo de cada paciente no processo de reabilitação. 

Durante nove semanas, os pacientes foram acompanhados por uma equipe de intervenção composta por profissionais das áreas de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Enfermagem e Fonoaudiologia, além de acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Sergipe. 

Entre os participantes do projeto piloto está o senhor Benedito Jesus que, há quatro anos, foi acometido por um AVE. No CER IV, o usuário é assistido há quase um ano e realiza sessões de fisioterapia. “Antes de todo esse processo, tinha grandes dificuldades de locomoção, principalmente de fazer minhas atividades diárias. Atualmente, consigo andar sem ajuda, cozinho sozinho, faço minhas refeições sem auxílio. Tudo isso foi graças ao meu processo de reabilitação. Com esse projeto, conheci outras pessoas, compartilhamos conhecimentos e experiências, dançamos, cantamos, enfim, foi muito bom participar”, enfatizou.      

Dinâmicas de integração, circuito funcional, exercícios em grupo e espaços de discussões em diversas temáticas fizeram parte dos encontros. Além de fortalecer o vínculo entre os pacientes, o grupo AVE também fomentou a autonomia e estimulou as potencialidades dos usuários. 

Sobre o AVE

Segundo o Ministério da Saúde, o AVE se configura como uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. A doença, que acomete mais o público masculino, possui grandes chances de recuperação completa se diagnosticada de forma mais rápida, além da realização de um tratamento adequado da patologia. Entre os diversos fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência de um AVE estão a hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2 e o sedentarismo.

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