Com o intuito de garantir e assegurar a assistência aos cidadãos que estão em sofrimento psíquico, Sergipe através da Rede de Saúde Mental disponibiliza serviços de saúde que contam com atendimento multidisciplinar. Além dos acompanhamentos nas Unidades Básicas de Saúde, a Referência Técnica de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carlos Galberto, explicou que o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) também pode ter acesso, em caso de necessidade de urgência de saúde mental, ao Hospital São José. A unidade é referência para todo o estado.

O técnico reforça que o nível de atendimento é categorizado de acordo com a urgência e gravidade de cada caso. Desta maneira, o paciente deve ser avaliado e encaminhado conforme a necessidade, de forma individualizada.

“A orientação que estamos fazendo e que também segue as orientações do Ministério da Saúde, é que o indivíduo quando apresentar qualquer alteração de saúde mental, procure a Unidade Básica de Saúde do bairro em que reside. Desse modo, a equipe da Atenção Primária à Saúde vai avaliar o caso, se for de sua competência, irá atender, se não for de competência, os profissionais irão fazer o encaminhamento para a unidade de saúde adequada, que eventualmente pode ser um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), pode ser a urgência de Saúde Mental ou a urgência dos hospitais regionais. Tudo depende da necessidade do paciente. Se for um paciente que está em franca crise de sofrimento mental, será necessário ir à um urgência, se for um paciente que está com um quadro mais moderado ou leve, pode ser encaminhado para um caps para fazer uma avaliação mais específica”, explicou.

A Referência Técnica na Rede de Atenção Psicossocial Especializada da SES, Silvia Ferreira Costa, frisa que a Rede de Saúde Mental Estadual não é única, é composta por todas as outras redes menores formadas pelos municípios, e cada território tem sua capacidade de ofertar serviços de saúde mental para os cidadãos.

“A Rede Estadual é composta pelas redes que fazem parte de cada município, ou seja, cada município tem sua capacidade tecnológica para poder atender a pessoa com sofrimento mental. Isso significa que como um todo, o município possui a Unidade Básica de Saúde como primeiro ponto de atenção, e que as pessoas podem procurar. Entretanto, nem todos os municípios possuem CAPS. Para ter CAPS é preciso que o município tenha no mínimo 15 mil habitantes e isso não é a realidade de todos os municípios de Sergipe. Então, a rede de cada município consegue atender dentro de sua capacidade tecnológica. Não havendo a possibilidade dentro de seu município de uma especialidade ou em uma necessidade de um CAPS, por exemplo, o município pode atender se tiver um consórcio com outro município ou ele deve procurar um tipo de assitência para dar a pessoa que estiver com um sofrimento grave (para ser atendido no CAPS é preciso estar com sofrimento em um nível mais elevado)”, disse.

Vale enfatizar que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são porta aberta, ou seja, o cidadão que sentir a necessidade do atendimento pode procurar o serviço e os profissionais irão analisar o caso do paciente para definir se o cidadão será acolhido ou encaminhado para outro equipamento.

Carlos Galberto reforça a necessidade de se discutir saúde mental e destaca a importância da campanha Setembro Amarelo, que tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância de estarmos atentos aos sinais que as pessoas e os pacientes apresentam quando estão com a saúde mental alterada. Inclusive, 10 de setembro é datado como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. O mês é uma grande ação conjunta de diferentes esferas da sociedade que visa levar conscientização e informação para todas as pessoas.

“Sempre falamos sobre a importância da prevenção. Quando um paciente chega ao consultório e é percebido que ele tem uma característica de sofrimento psíquico, é preciso intervir, ou se for o caso encaminhar para um outro profissional e não deixar para quando a situação se agravar. Também precisamos observar e prestar atenção nas pessoas próximas, quando a pessoa estiver isolada dentro de casa, deixando de fazer suas atividades como o trabalho, a universidade, a escola ou quando não estiver mais relações sociais. São esses aspectos que a gente enquanto profissional de saúde precisamos estar observando no nosso dia a dia e bem como as pessoas da comunidade em geral”, disse Galberto.

Além dos serviços, a Secretaria de Estado da Saúde conta com um grande parceiro, o Centro de Valorização da Vida (CVV). A associação realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone (188), e-mail e chat 24 horas todos os dias.

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