Número de acidentes aumenta 25% durante o período em que as crianças passam mais tempo em casa e os pais devem ficar atentos

O período de férias escolares requer atenção redobrada para evitar possíveis acidentes domésticos com as crianças. Alguns cuidados devem ser adotado pelos pais e responsáveis é o alerta feito pela responsável técnica da Pediatria do Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, Bianca Xavier Costa, faz um alerta para que os pais e responsáveis tomem alguns cuidados para evitar possíveis acidentes domésticos dos pequenos. O Hospital da Criança é mais uma unidade de assistência hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Ela disse que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, por ano, são registrados 200 mil acidentes domésticos envolvendo crianças. No período de férias escolares, quando as crianças ficam mais tempo dentro de casa, este número aumenta em 25%.

“A prevenção consiste em medidas protetivas mecânicas e vigilância. Sempre aliar uma medida à outra para aumentar a chance de prevenção. Redes, telas e grades de proteção em janelas, escadas e piscinas e protetores de tomada são imprescindíveis em ambientes com criança.”, orienta a médica.

Ela também destacou a importância de um adulto sempre supervisionar o que a criança está fazendo. “Devemos evitar que a criança tenha acesso à cozinha da casa sem a devida vigilância de um responsável. Os banhos de piscina também só devem acontecer sob a supervisão de um adulto e com uso de boias apropriadas”, destacou Bianca.

A pediatra também revelou que é muito comum as crianças ingerirem medicamentos controlados. “Isso acontece porque o adulto da casa faz uso do medicamento que, na maioria das vezes, é deixado de fácil acesso. É importante sempre manter medicamentos, produtos de limpeza e de higiene fora do alcance das crianças”, lembrou Bianca.

Mas, se mesmo diante de tantas precauções, algum problema acontecer, a médica explicou os primeiros cuidados que devem ser tomados com vítimas de acidentes domésticos. “Crianças que sofrerem acidentes leves como pequenas queimaduras, quedas da própria altura sem perda de consciência, pequenos cortes sem profundidade, devem ser levadas ao posto de saúde do bairro. Já casos graves como ingestão ou sufocação com corpo estranho, ferimentos extensos e sangramento, afogamentos, quedas com perda de consciência, a orientação é acionar o SAMU ou levar à Urgência Pediátrica mais próxima”, alertou.

Os acidentes por mordedura de animais, a exemplo de cães e gatos, devem ser lavados abundantemente e, em seguida, procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima em busca de orientações sobre soro/vacina antirrábica e observação do animal. Os casos graves devem ser levados à Urgência.

A superintendente do Hospital da Criança, Catharina Cosa, afirmou que a unidade de saúde tem o importante papel de oferecer um atendimento humanizado, mas também com a responsabilidade em educar e levar informação à sociedade. “Quedas, queimaduras, cortes, intoxicações, afogamentos, ingestão ou asfixia por corpo estranho e traumatismos em geral, são algumas das ocorrências de acidente doméstico com crianças que recebem atendimento no nosso hospital. Por isso a relevância de alertar sobre a importância da prevenção”, concluiu.

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