Em 2022, mais de 2 mil pessoas foram intoxicadas por picadas

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta à população sobre os cuidados e prevenção necessários durante o verão, para evitar a proliferação de escorpiões. De acordo com a referência técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Barros, a fase reprodutiva do escorpião é acelerada durante o verão, devido ao clima quente e à umidade. Nesse período, cada fêmea produz cerca de 25 escorpiões.

Em 2022, foram registrados pela Secretaria de Estado da Saúde, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), 2.487 casos de pessoas picadas por escorpião.

Segundo a técnica, algumas medidas preventivas são necessárias, como realizar a limpeza constante da residência e de jardins a fim de eliminar a circulação dos alimentos do escorpião que, no caso são os insetos, como também evitar que o animal se esconda em entulhos. Além disso, a dedetização deve ser feita para banir os insetos do ambiente, já que os escorpiões possuem resistência a produtos químicos.

Conforme Ana Paula, a precisão do diagnóstico é essencial para um tratamento rápido e eficiente. “A pessoa picada por escorpião pode não apresentar sintoma, mas isso varia de acordo com a faixa etária. Os casos mais graves geralmente são registrados em crianças e idosos. Mas, caso não apresente os sintomas em até seis horas da picada, é importante procurar uma unidade de saúde mais próxima para o atendimento”, alerta.

Quanto ao tratamento, ele é realizado por meio da soroterapia que produz anticorpos contra o veneno do animal peçonhento. “O serviço é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também está disponível nos hospitais de referência. Para qualquer outra orientação, a pessoa pode se dirigir ao Centro de Informação e Investigação Toxicológica (Ciatox) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse)”, explica.

Algumas medidas preventivas têm sido adotadas para conscientizar a população acerca da proliferação dos escorpiões. “Nossas ações são voltadas para educação em saúde, divulgando informações por meio de reuniões com o grupo técnico que cuida do combate aos animais peçonhentos. Ressaltamos aos municípios a importância da higienização do ambiente”, acentuou.

Sintomas

É preciso estar atento aos sintomas após a picada do escorpião. É comum sentir dor no local da picada, dor abdominal, salivação excessiva, vômito, aumento da pressão arterial, entre outros. O soro antiescorpiônico é enviado através do Ministério da Saúde para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que se responsabiliza pela distribuição aos hospitais estaduais.

O Ciatox funciona há 18 anos no Huse e conta com uma equipe multidisciplinar de médicos, farmacêuticos, médicos veterinários, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O serviço faz parte da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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