Os gestores e profissionais da Atenção Primária à Saúde dos 75 municípios do Estado conheceram nesta quinta-feira, 10, as estratégias de tratamento e cuidado integral para as pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, preconizadas pelo Ministério da Saúde no plano nacional de combate a essas doenças, estruturado em 2021, com repercussão prevista até 2030. O objetivo é o de reduzir os óbitos prematuros, que atingem pessoas com idade entre 30 e 69 anos, bem como as internações.

As estratégias foram apresentadas nesta quinta-feira, 10, durante seminário realizado no auditório da Faculdade Estácio e, segundo a Referência Técnica em Promoção à Saúde e Prevenção da Hipertensão e Diabetes, Maria Pauliana de Jesus dos Santos, dentre elas estão o cuidado integral, o monitoramento e o acompanhamento aos pacientes crônicos, bem como o autocuidado compartilhado e o registro correto das informações.

Segundo ela, o cenário epidemiológico das doenças crônicas não transmissíveis em Sergipe é preocupante e crescente, da mesma forma que acontece no âmbito nacional. “Dos quatro grupos de doenças crônicas em pauta neste seminário, a maior causa de óbitos no Estado é o infarto agudo do miocárdio e depois o diabetes”, disse a Referência Técnica, acrescentando que os grupos de doenças crônicas são o cardiovascular, a diabetes, a respiratória e o câncer.

Salientou que Sergipe tem um quadro pandêmico para o diabetes, não sendo diferente em relação à hipertensão, o que implica em dizer que são muitas as pessoas que precisam ser acompanhadas e monitoradas. Garante, no entanto, que o acesso aos serviços de saúde para elas existe e que as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) estão preparadas para acolher e cuidar do paciente crônico.

Para a coordenadora estadual de Atenção Primária à Saúde, Fernanda Barreto Aragão, as discussões sobre as doenças crônicas desta quinta-feira irão repercutir no fortalecimento do cuidado ao paciente no território. “Sabemos que a nossa população está envelhecendo e que é normal que se espere o aumento de usuários com condição crônica. Então a gente precisa trazer esse debate junto aos municípios, tanto no aspecto da gestão quanto da assistência, já que a Atenção Primária, é de gestão municipal”, enfatizou.

Palestrante do seminário, a enfermeira da Universidade Federal de Pernambuco, Luane Abade Café, abordou o autocuidado apoiado ou compartilhado. Explicou que esta é uma estratégia utilizada para o manejo das doenças crônicas não transmissíveis, que fundamenta o empoderamento em saúde, a autonomia e o protagonismo do usuário no atendimento e nas relações da atenção à saúde ao seu processo de saúde e doença.

“A partir desse autocuidado é construído em conjunto com o usuário, permeando-se a relação do profissional de saúde, seja na Atenção Primária, Secundária ou Terciária, um plano de ação para que as suas demandas de saúde desse paciente sejam acolhidas e atendidas”, disse a enfermeira, salientando que o autocuidado apoiado é tão importante porque além de ele se basear nos princípios fundadores do SUS, que são a universalização, integralidade e equidade, também se apoia muito na resolutividade trazida pelo Plano de Ações Estratégicas de Combate às Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Fotos: Valter Sobrinho

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