A Gerência de Vigilância em Saúde do Trabalhador, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, realizou na manhã desta segunda-feira, 17, no auditório do Centro Administrativo, mesa redonda sobre ‘Saúde Mental Pós-pandemia’, voltada para as equipes de Atenção Primária e Vigilância Epidemiológica dos municípios, bem como sindicatos e entidades de classe.

A ideia central do evento é discutir a saúde mental e o transtorno mental relacionado ao trabalho, objetivando despertar mais conscientização e sensibilização entre trabalhadores e empregadores, segundo informou a gerente de Vigilância em Saúde do Trabalhador, Christiane Silva de Andrade, salientando a oportunidade da discussão, após dois anos de pandemia e o apoio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), na realização da mesa redonda.

“O fim da pandemia ainda não foi declarado, mas vivemos um momento melhor. No entanto, nos últimos dois anos fomos obrigados a mudar praticamente toda a nossa rotina de trabalho. Mudamos o ambiente de trabalho, passando a atuar em home-office, perdemos muitos colegas de trabalho, os profissionais de saúde viveram momentos muitos complicados, dolorosos e com sobrecarga de trabalho. Então precisamos conversar sobre saúde mental”, observou Christiane Andrade.

A mesa redonda abordou Saúde mental na atualidade: perspectivas de cuidado ampliado, ministrada pela psicóloga Ana Luíza Dantas Salim; Saúde mental pós-pandemia no contexto do trabalho, pelo psicólogo do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest), Helder Magno Freitas Santos; e Práticas de gestão de pessoas e saúde mental, pela psicóloga Lidiane dos Anjos.

Abordando o tema central do evento, Helder Magno Santos apresentou um contexto de como o Brasil está tratando a saúde mental e como as instituições de trabalho estão cuidando dos seus trabalhadores. “Trouxe alguns dados para fazermos uma reflexão e um debate sobre o quanto o trabalhador está sendo cuidado em relação à sua saúde mental”, acrescentou.

Segundo ele, há uma consciência maior sobre essa temática que impacta na produtividade, no absenteísmo, na redução da rotatividade e nas relações pessoais. “Hoje se entende que o trabalho é um importante fator de reconhecimento e de identidade e não somente a execução de tarefas. Vamos trazer esse entendimento ampliado do quanto é importante conceber o trabalho como determinante da saúde do trabalhador, da saúde mental especialmente”, completou.

Fotos: Valter Sobrinho

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