O acompanhamento devido pode evitar complicações na gestação

Nesta sexta-feira, 17, é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade. A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), orienta sobre a importância do pré-natal para a saúde da gestante e do bebê.

A MNSL vem realizando várias atividades ao longo deste mês de novembro, com foco na prematuridade. O parto prematuro é aquele que acontece antes da 37ª semana de gestação e é a principal causa global da mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada dez minutos, seis bebês nascem antes da hora, isso quer dizer que são quase 340 mil todos os anos.

À medida que essas crianças crescem, têm maior risco para problemas de aprendizagem e comportamentais, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas e doenças cardiovasculares ou diabetes, em comparação com bebês nascidos à termo (quando nascem no período considerado normal de 37 a 42 semanas). Apesar do elevado número de nascimentos prematuros e dos riscos decorrentes, é possível prevenir o parto prematuro e suas consequências para a saúde do bebê.

O principal agente preventivo do parto prematuro é o pré-natal. As consultas e exames realizados ao longo da gestação permitem diagnosticar males que podem desencadear um parto antes da hora. Assim, é necessário adotar os cuidados e controles necessários para reduzir ou eliminar o risco.  

A superintendente da MNSL, Lourivânia Prado, explicou que em 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade por ter um significado especial para um dos fundadores da European Fundation for the Care of Newborn Infants (EFCNI), que após a morte de seus trigêmeos prematuros tornou-se pai de uma filha nascida em 17 de novembro 2008. No Brasil, a iniciativa de mobilização começou a partir de 2011.

“E a MNSL, sendo a maior referência de Sergipe em cuidados de recém-nascidos de alta complexidade, neste dia, nos faz refletir sobre a prevenção da prematuridade, a educação continuada para profissionais que atuam na defesa dos cuidados centrados não só nos bebês, mas também na família. Todas as ações são voltadas ao cuidado com qualidade, evitando danos aos nossos bebês, que são os jovens de amanhã”, frisou Lourivânia.

Assistência qualificada

A família de Ademilson Oliveira Santos, natural de Itabaiana, sabe bem o que é a prematuridade. Quando a esposa, Lucivânia de Jesus, ficou grávida do primeiro filho, foi encaminhada para a MNSL. “Disseram-nos que era um parto de risco e viemos para cá. Meu filho Guilherme, que hoje está com 6 anos, nasceu prematuro com 27 semanas, com 785 gramas e 32 cm. Ele ficou mais de um mês na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e mais de um mês na ala do Método Canguru. Aprendemos muita coisa com os profissionais daqui para cuidar de um bebê prematuro. Agora, quase sete anos depois, viemos para ela ter o nosso filho Lucas, que nasceu com 37 semanas, 3.042g e 44 cm”, informou.

Ademilson explicou que só depois do primeiro parto  descobriu que a esposa tinha um problema de saúde chamado trombofilia (predisposição para ter uma trombose ou coagulação do sangue). “Por isso as duas gestações foram complicadas, mas nesta, fizemos o pré-natal direitinho, descobrimos a doença e Lucas nasceu normal aqui com todo o cuidado. Só tenho a agradecer por toda a atenção com os meus filhos e a minha esposa”, acrescentou.

Fotos: Saluz

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