A cirurgia de ‘Prolapso de Órgãos Pélvicos’  tem o objetivo  recolocar os órgãos da região pélvica na posição correta

A partir do dia 24 de julho, a Rede Estadual de Saúde iniciará a realização de cirurgias de Prolapso de Órgãos Pélvicos. O procedimento tem a finalidade de recolocar os órgãos da região pélvica na posição correta e promover um reforço de toda a musculatura, devolvendo a qualidade de vida das pacientes. As cirurgias serão realizadas no Hospital Amparo de Maria, em Estância.

Na manhã desta terça-feira, 18, ocorreu uma reunião entre gestores, médicos e as 100 pacientes que estão na fila para realizar cirurgias de Prolapso de Órgãos Pélvicos. Na ocasião, os profissionais explicaram o que é a condição, bem como os passos para o procedimento cirúrgico.

O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, esteve presente na reunião e destacou a importância da cirurgia. “É essencial essa  iniciativa. Esse procedimento não vinha sendo realizado na gestão pública estadual. Estamos dando esse pontapé inicial com a presença das pacientes e é gratificante”, disse.

A condição ginecológica pode afetar a qualidade de vida das mulheres, causando impacto psicológico, social, além de impactar a vida sexual da paciente. O diretor técnico do Amparo de Maria, Rodrigo Dias, reforçou que a realização da cirurgia é um avanço grande voltado à saúde feminina. “É um procedimento muito importante para a qualidade de vida das pacientes. O prolapso pode afetar diretamente a vida e a atividade sexual da mulher. Após o procedimento cirúrgico, a paciente sairá totalmente tratada”, reforçou. 

De acordo com o médico obstetra do Hospital Amparo de Maria, Vinícius Alberto Nascimento, nas consultas observou-se que algumas mulheres atendidas na unidade chegavam com necessidade avançada de cirurgia.  

“Quando começamos o acompanhamento das cirurgias, há dois anos, percebemos que as pacientes tinham o prolapso avançado (o que a gente chama de grau quatro ou três), quando é o prolapso só do útero, é, em tese, mais fácil de resolver, fazemos a retirada do útero. O problema é quando tem a descida da bexiga, do intestino, a gente obviamente não pode retirar, porque a paciente não consegue viver com qualidade de vida sem esses órgãos. Mostramos essas necessidades às entidades públicas. A partir de agora, todas as pacientes do estado com prolapso podem ser encaminhadas para o nosso ambulatório. Elas serão examinadas e atendidas, e se for o caso, a cirurgia será realizada”, explicou.

Maria de Fátima Menezes, 54, anos, será uma das primeiras pacientes a realizar o procedimento na unidade. “É uma alegria  para mim realizar essa cirurgia, vai me tirar de um sufoco grande. Já estou com trauma, com vergonha e receio de tudo, são muitos desconfortos. Mas graças a Deus, agora essa cirurgia irá ocorrer”, disse.

Foto: Mário Sousa

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