O uso desses aparelhos pode causar lesões no pulmão assim como o cigarro convencional

Os cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como ‘vape’, surgiram em 2003, promovendo a falsa ideia de redução de danos que o cigarro convencional proporciona. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população acerca dos riscos à saúde pelo consumo das substâncias químicas contidas no dispositivo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 70% dos usuários do cigarro eletrônico têm entre 15 e 24 anos. 

“Vários médicos pneumologistas têm alertado sobre as consequências como o câncer de pulmão de 16 tipos associados a infarto, acidente vascular cerebral (AVC), doença coronariana grave, câncer de boca”, explicou a referência técnica do Programa Tabagismo da SES, Ivete Góis.

No Brasil, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) são proibidas, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. Apesar da proibição da Anvisa, é importante se atentar aos truques utilizados pelas indústrias. “Muitas estratégias são usadas nos produtos como cores, sabores e aromas com variados modelos para atrair os consumidores”, alertou Ivete. 

A associação do aparelho eletrônico ao consumo do cigarro tradicional é mais uma preocupação à saúde, já que o país atinge uma média de 161.853 mortes anuais atribuíveis ao uso de tabaco, o que representa 443 mortes por dia, levando o tabagismo a ser o terceiro fator de risco para a população, conforme aponta o Ministério da Saúde.

Para reduzir a média de mortes anuais, é necessário que a sociedade se atente também aos riscos do uso dos cigarros eletrônicos. Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro. Além disso, o levantamento reforça ainda que o cigarro eletrônico eleva as chances de iniciar o uso do cigarro tradicional para aqueles que nunca fumaram.

Tratamento gratuito

O Ministério da Saúde disponibiliza ações de promoção à saúde com o intuito de reduzir a prevalência de fumantes e o consumo de tabaco. Uma das estratégias mais importantes é o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Por meio do PNCT, o SUS oferece tratamento integral e gratuito a quem deseja parar de fumar

A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, o acesso a abordagem cognitivo-comportamental, material de apoio e, quando houver indicação, tratamento medicamentoso com terapia de reposição de nicotina (TRN), pelos adesivos transdérmicos, e do tratamento não nicotínico com cloridrato de bupropiona. Todo tratamento ofertado pelo PNCT está baseado em evidências científicas compiladas na abordagem e no tratamento do fumante.

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