Nos últimos 12 anos foram contabilizados 239 óbitos maternos precoces e 20 óbitos tardios 

Em virtude da Semana da Saúde alusiva ao Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, celebrado no dia 28 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde reforça os cuidados necessários com a saúde da mãe e do bebê. Dados do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal (CEPMMIF) apontam que nos últimos 12 anos foram contabilizados 239 óbitos maternos precoces e 20 óbitos tardios. 

A mortalidade materna é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 365 dias após o término, independente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela.  

De acordo com a médica sanitarista da SES, Priscilla Batista, a mortalidade é um indicador relevante da qualidade de saúde e prestação de serviço ofertados às mulheres. “Identificamos que no Brasil, os óbitos são por causas evitáveis e em Sergipe o cenário não é diferente. Por isso, precisamos enfrentar a falta de informação abordando a saúde sexual e reprodutiva a fim de melhorar a cobertura e resolutividade da atenção básica em todo o Estado, além da educação continuada de profissionais de saúde visando a capacitação permanente”, explicou a médica.  

É importante ainda ressaltar a necessidade da realização do Pré-Natal que tem papel fundamental na prevenção e detecção precoce das doenças. A mulher deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para iniciar o acompanhamento após a confirmação da gravidez.  

Com relação ao monitoramento desses casos, a SES criou o CEPMMIF que tem o objetivo de atuar como instrumento no dispositivo interinstitucional em parceria com a sociedade civil na investigação epidemiológica e na análise da atenção à saúde para a elaboração de políticas e ações de saúde que impactam tanto na qualidade do cuidado, quanto na melhoria dos indicadores de saúde. 

 Para a redução da mortalidade, algumas ações têm sido realizadas como a capacitação de profissionais da saúde para garantir o acompanhamento da mulher; captação das gestantes na primeira consulta das 12 semanas de gravidez; realização de consultas, exames, acesso a medicamentos e acompanhamento psicossocial, conforme legislações vigentes. 

 Regulação de leitos 

 A SES ainda conta com o Complexo Regulatório de Saúde de Sergipe, através da Central de Regulação de Leitos (CRL), que adota medidas para reduzir os índices de mortalidade materna no Estado de Sergipe. “Assim que a Central de Leitos é notificada quanto a necessidade de leito de UTI materna, o médico regulador realiza a imediata avaliação da documentação enviada, que identifica o perfil da gestante e autoriza a vaga em leito materno”, salientou a coordenadora de Regulação da SES, Pollyanna Cardoso.            

A gestante/puérpera é priorizada mediante a fila de espera existente, uma vez que a Regulação Estadual dispõe de dois hospitais de retaguarda para atendimento destinado a este público, como é o caso do Hospital Santa Isabel e o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).

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