O evento foi alusivo à campanha Novembro Roxo que conscientiza sobre a causa do prematuro

A chegada de um bebê é um momento único no seio familiar. Desde a descoberta até o momento do parto é uma longa preparação para que tudo aconteça da melhor maneira possível dentro do previsto. Mas quando esse nascimento acontece antes do esperado, ou seja, antes das 37 semanas de idade gestacional, o parto é considerado prematuro.

Foi o que aconteceu com a pedagoga Mayara Cerqueira, que é mãe de Bernardo e Theo, de 2 anos. Eles são gêmeos e nasceram prematuros de 26 semanas e oito dias na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL). Ela precisou antecipar o parto devido a um deles estar com sofrimento fetal. “Bernardo nasceu com 623 gramas e passou seis meses na UTI com muitas intercorrências, cirurgia e parada cardíaca. Já Theo nasceu com um pouco mais de 1Kg. Só tenho a agradecer a equipe da MNSL por todo cuidado e atenção com meus meninos, pois sem dúvidas foram primordiais para eles estarem bem e vivos hoje”, relatou.

Já a enfermeira Guadalupe Nicácio é mãe de Maria Maite, que também nasceu de forma prematura com 30 semanas, por meio de uma cesariana de emergência. “Ela passou 30 dias na Unidade de Terapia Neonatal (Utin) da MNSL e 19 dias na Unidade Canguru. A assistência que recebemos foi de suma importância com o acompanhamento da Maternidade, onde aprendemos a lidar com o prematuro que é tão pequeno e frágil”, destacou a enfermeira.

Quem também teve que lidar com a prematuridade foi a dona de casa Mariane Conceição dos Santos, que é mãe dos gêmeos Gilberto e Jeanderson, de 10 anos. “Eles nasceram prematuros, com sete meses, em 2013, e estavam abaixo do peso normal. Foi uma grande luta, mas eles estão aqui com muita saúde. O atendimento para meus filhos foi essencial para que estivessem com muita saúde. É muito importante um encontro como esse para conhecermos e trocarmos ideias com outras mães que vivenciaram a mesma situação de ter um filho prematuro”, contou.

Caminhada da Prematuridade

Para sensibilizar a comunidade sobre a prematuridade e seus desafios, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou neste sábado, 18, a 2ª Caminhada em Sensibilização à Prematuridade, no Parque da Sementeira. O evento fez alusão à prematuridade da campanha Novembro Roxo, que conscientiza sobre a causa do prematuro.

O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, participou do evento e destacou que essa é uma das ações previstas para trabalhar com relação à prematuridade. “É essencial chamar atenção das pessoas sobre a causa. Além disso, a secretaria vem desempenhando o fortalecimento da Atenção Primária com o desenvolvimento de ações junto aos municípios, voltadas à prevenção, que são imprescindíveis”, enfatizou o secretário.

Durante o evento, algumas crianças que nasceram prematuras na MNSL participaram da caminhada e receberam uma medalha com a frase: Eu venci a Prematuridade, como prova da garra e força que os bebês tiveram para estarem com a sua saúde estabelecida.

A representante do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Cinthia Magluta, esteve na caminhada e salientou a importância de se abordar a prematuridade para que as causas sejam evitadas. “Essa é uma situação que leva à mortalidade neonatal e, portanto, infantil. Então, se a gente consegue prevenir a prematuridade, conseguimos mudar as taxas de mortalidade e, claro, dar uma vida melhor a cada bebê”, explicou.

Importância do Pré-natal

Ao longo do mês de novembro, a MNSL realiza várias atividades com foco na prematuridade. O parto prematuro é aquele que acontece antes da 37ª semana de gestação e é a principal causa global da mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade.

Para se evitar, o principal agente preventivo do parto prematuro é o pré-natal. As consultas e exames realizados ao longo da gestação permitem diagnosticar males que podem desencadear um parto antes da hora. Assim, é importante adotar os cuidados e controles necessários para reduzir ou eliminar o risco.

De acordo com a superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Lourivânia Prado, o mês de novembro é roxo, pois é intensificado as ações voltadas à causa. “A prematuridade ocasiona vários impactos na vida não só do recém-nascido prematuro como também da família. Por isso, a caminhada se faz necessária para promover essa reflexão e sensibilização dos profissionais da saúde e de toda a comunidade para que busquemos melhorias na prevenção e diminuir as taxas de recém-nascidos prematuros”, frisou.

 








 

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