A Secretaria de Estado da Saúde (SES) entrou na reta final das atividades do Janeiro Branco, na última sexta-feira, 28, com uma programação lúdica e informativa para os colaboradores do Centro Administrativo. 

O evento na SES foi permeada de reflexões musicais, audiovisuais e conversas sobre temas relacionados à saúde mental do trabalhador, atividades conduzidas pela diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS), Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador (NAST), Serviço Especializado em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho (SESMT), Centro de Valorização da Vida (CVV) e Assessoria de Comunicação da SES (ASCOM).

O diretor da DAPS, João Paulo Brito, falou da relevância de iniciativas que tem como foco a saúde mental, sobretudo, em tempos de pandemia. “Ao longo dos últimos anos temos percebido um aumento exponencial do sofrimento psíquico, os ambientes de trabalho tem se tornando cada vez mais desafiadores, ou seja, passamos por um período de flexibilização de leis trabalhistas, aumento de desemprego e, mesmo nos ambientes onde há certa estabilidade, como é o caso do serviço público,  há uma pressão de parte da sociedade sobre a resolubilidade desses órgãos, então, os ambientes de laborais tem se tornando ambientes adoecedores. Sendo assim, quando a SES se propõe a refletir acerca do que ela pode também reproduzir, em relação a esse tipo de comportamento com os seus trabalhadores e, começa a desenvolver atividades para contornar qualquer possibilidade disso, ela realiza um movimento fundamental para prevenir e cuidar da saúde mental de todos”, compartilha.  

O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho (SESMT), representado pela psicóloga Jaqueline Medeiros Calafate, trouxe dados que reforçam os altos índices de adoecimento mental dos trabalhadores no último ano. “Eu apresentei um pouco do trabalho do SESMT no Estado, sobretudo, mostrando nossas ações depois que o trabalhador adoeceu. O SESMT acompanha os casos e elabora os pareceres, na ação aqui da SES, eu trouxe os dados por uma necessidade que percebo de trabalharmos com a saúde nos baseando em evidências. Se quisermos fazer uma prevenção em saúde mental, precisamos saber quem são essas pessoas, onde estão, quais os lugares de maior incidência de adoecimento no estado, os motivos do encaminhamento dos casos, dentre outros aspectos. Desse modo, podemos atuar com assistência, prevenção, promoção à saúde, por isso, eu vim com uma proposta de pensar a respeito desse trabalhador na pandemia, uma vez que nesse período muitos são os fatores de ordem trabalhista que geram instabilidade e adoecimento”, destaca Jaqueline. 

A psicóloga explica que os dados em relação à saúde mental são preocupantes não somente em Sergipe. “Mostrei dados nacionais, eles revelam que essa realidade não é exclusiva de Sergipe. A Secretaria de Previdência Social mostra que tivemos em 2021, a maior solicitação e dados de afastamento da história, esses percentuais seguem aumentando, infelizmente, se considerarmos o que temos percebido epidemiologicamente, essa realidade não está mudando e tende a continuar assim pelo resto do ano, então, precisamos ter estratégia de enfrentamento. Foram dois anos de aprendizado, agora é  pegar os dados que acumulamos ao longo desses anos e agir estrategicamente”, sugere Jaqueline.  

De acordo com a representante do SESMT, um estudo feito com várias instituições no mundo, dentre elas a Universidade de São Paulo, levantou dados sobre adoecimento mental, sofrimento mental, afastamento do trabalho por doenças mentais, psicológicas e psiquiátricas em 11 países no mundo. “O Brasil saiu à frente com maior índice de adoecimento por transtornos mentais durante a pandemia, superou países muito populosos como Estados Unidos e China. Esses dados mostram que temos uma realidade que não pode ser invisibilizada porque é alarmante. Em Sergipe os dados estão sendo sistematizados, os últimos números são de 2018 com 81 casos e 120 em 2019, ou seja, um aumento progressivo de casos de adoecimento mental e acredito que esses dados seguem aumentando em 2020 e 2021, pela minha experiência no SESMT.  A gente precisa olhar para isso porque uma portaria da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde de 2019, tornou obrigatória a notificação de afastamento de trabalhadores da Saúde por transtornos mentais, se a gente está cumprindo essa portaria, isso significa que já temos um acúmulo de dados desde 2019 nos indicando quais os principais casos de afastamento por essa causa”, reforça Jaqueline. 

O evento teve ainda como convidados, alguns voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende a população através do número gratuito 188. O serviço funciona nacionalmente, 24 horas por dia e tem a escuta qualificada como um dos principais caminhos para ajudar as pessoas que estão passando por situações de sofrimento psíquico. “É de extrema importância fomentar momentos como esse, estamos vivendo um contexto particularmente difícil e a tendência é o isolamento das pessoas. Quando a gente se isola fica mais difícil  a conexão humana, um encontro assim, voltado para a saúde mental, nos permite essa conexão com outros e conosco, refletindo sobre os nossos próprios temores, por isso, parabéns a Secretaria de Estado da Saúde por esse encontro”, destaca a voluntária, Selma dos Santos. 

A ASCOM da SES oportunizou momentos musicais para os colaboradores presentes, fazendo correlações das letras com a valorização da vida, sobre a necessidade de melhoria nas relações interpessoais no ambiente de trabalho e no cuidado mútuo. Para Rosilene Barreto, Serviço Gerais da SES, uma manhã necessária  que ajudou a suavizar as demandas cotidianas. “Eu adorei, me diverti e  aprendi muito, muita gente precisa ouvir o que foi falado aqui. Foi muito bom me aproximar ainda mais dos meus colegas aqui da secretaria, a gente fica revigorada, fiquei muito feliz por esse dia”, fala com felicidade. 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) entrou na reta final das atividades do Janeiro Branco, na última sexta-feira, 28, com uma programação lúdica e informativa para os colaboradores do Centro Administrativo. 

O evento na SES foi permeada de reflexões musicais, audiovisuais e conversas sobre temas relacionados à saúde mental do trabalhador, atividades conduzidas pela diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS), Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador (NAST), Serviço Especializado em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho (SESMT), Centro de Valorização da Vida (CVV) e Assessoria de Comunicação da SES (ASCOM).

O diretor da DAPS, João Paulo Brito, falou da relevância de iniciativas que tem como foco a saúde mental, sobretudo, em tempos de pandemia. “Ao longo dos últimos anos temos percebido um aumento exponencial do sofrimento psíquico, os ambientes de trabalho tem se tornando cada vez mais desafiadores, ou seja, passamos por um período de flexibilização de leis trabalhistas, aumento de desemprego e, mesmo nos ambientes onde há certa estabilidade, como é o caso do serviço público,  há uma pressão de parte da sociedade sobre a resolubilidade desses órgãos, então, os ambientes de laborais tem se tornando ambientes adoecedores. Sendo assim, quando a SES se propõe a refletir acerca do que ela pode também reproduzir, em relação a esse tipo de comportamento com os seus trabalhadores e, começa a desenvolver atividades para contornar qualquer possibilidade disso, ela realiza um movimento fundamental para prevenir e cuidar da saúde mental de todos”, compartilha.  

O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho (SESMT), representado pela psicóloga Jaqueline Medeiros Calafate, trouxe dados que reforçam os altos índices de adoecimento mental dos trabalhadores no último ano. “Eu apresentei um pouco do trabalho do SESMT no Estado, sobretudo, mostrando nossas ações depois que o trabalhador adoeceu. O SESMT acompanha os casos e elabora os pareceres, na ação aqui da SES, eu trouxe os dados por uma necessidade que percebo de trabalharmos com a saúde nos baseando em evidências. Se quisermos fazer uma prevenção em saúde mental, precisamos saber quem são essas pessoas, onde estão, quais os lugares de maior incidência de adoecimento no estado, os motivos do encaminhamento dos casos, dentre outros aspectos. Desse modo, podemos atuar com assistência, prevenção, promoção à saúde, por isso, eu vim com uma proposta de pensar a respeito desse trabalhador na pandemia, uma vez que nesse período muitos são os fatores de ordem trabalhista que geram instabilidade e adoecimento”, destaca Jaqueline. 

A psicóloga explica que os dados em relação à saúde mental são preocupantes não somente em Sergipe. “Mostrei dados nacionais, eles revelam que essa realidade não é exclusiva de Sergipe. A Secretaria de Previdência Social mostra que tivemos em 2021, a maior solicitação e dados de afastamento da história, esses percentuais seguem aumentando, infelizmente, se considerarmos o que temos percebido epidemiologicamente, essa realidade não está mudando e tende a continuar assim pelo resto do ano, então, precisamos ter estratégia de enfrentamento. Foram dois anos de aprendizado, agora é  pegar os dados que acumulamos ao longo desses anos e agir estrategicamente”, sugere Jaqueline.  

De acordo com a representante do SESMT, um estudo feito com várias instituições no mundo, dentre elas a Universidade de São Paulo, levantou dados sobre adoecimento mental, sofrimento mental, afastamento do trabalho por doenças mentais, psicológicas e psiquiátricas em 11 países no mundo. “O Brasil saiu à frente com maior índice de adoecimento por transtornos mentais durante a pandemia, superou países muito populosos como Estados Unidos e China. Esses dados mostram que temos uma realidade que não pode ser invisibilizada porque é alarmante. Em Sergipe os dados estão sendo sistematizados, os últimos números são de 2018 com 81 casos e 120 em 2019, ou seja, um aumento progressivo de casos de adoecimento mental e acredito que esses dados seguem aumentando em 2020 e 2021, pela minha experiência no SESMT.  A gente precisa olhar para isso porque uma portaria da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde de 2019, tornou obrigatória a notificação de afastamento de trabalhadores da Saúde por transtornos mentais, se a gente está cumprindo essa portaria, isso significa que já temos um acúmulo de dados desde 2019 nos indicando quais os principais casos de afastamento por essa causa”, reforça Jaqueline. 

O evento teve ainda como convidados, alguns voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende a população através do número gratuito 188. O serviço funciona nacionalmente, 24 horas por dia e tem a escuta qualificada como um dos principais caminhos para ajudar as pessoas que estão passando por situações de sofrimento psíquico. “É de extrema importância fomentar momentos como esse, estamos vivendo um contexto particularmente difícil e a tendência é o isolamento das pessoas. Quando a gente se isola fica mais difícil  a conexão humana, um encontro assim, voltado para a saúde mental, nos permite essa conexão com outros e conosco, refletindo sobre os nossos próprios temores, por isso, parabéns a Secretaria de Estado da Saúde por esse encontro”, destaca a voluntária, Selma dos Santos. 

A ASCOM da SES oportunizou momentos musicais para os colaboradores presentes, fazendo correlações das letras com a valorização da vida, sobre a necessidade de melhoria nas relações interpessoais no ambiente de trabalho e no cuidado mútuo. Para Rosilene Barreto, Serviço Gerais da SES, uma manhã necessária  que ajudou a suavizar as demandas cotidianas. “Eu adorei, me diverti e  aprendi muito, muita gente precisa ouvir o que foi falado aqui. Foi muito bom me aproximar ainda mais dos meus colegas aqui da secretaria, a gente fica revigorada, fiquei muito feliz por esse dia”, fala com felicidade. 

Fotos: Flávia Pacheco

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